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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O Faz De Conta Consolidou E Alargou ...


São menos 60 mil votantes nos mapas oficiais do que nos dados anunciados a 23 de Janeiro. Esta desconformidade é muito grande, põe em causa não propriamente as últimas eleições para a presidência da República, mas a manter-se, terá influência nas legislativas - Num país em que os resultados das eleições não são fiáveis, podemos afirmar que as eleições são democráticas?! - Pois, mas pelos vistos na política actual vale tudo.
O PCP pediu audição parlamentar do CNE e do DGAE (ler)

A taxa da dívida implícita a cinco anos estava em 7,007 por cento às 12h15, segundo dados da agência Reuters, num máximo que não se registava há quase 15 anos, mais de dois anos antes de o euro ser criado - mas, parece que afinal, vale tudo, até o primeiro-ministro estar satisfeito porque estamos no bom caminho.
Fundo de Estabilidade do Euro ? Só em 2013.

E que diz o líder do maior partido da oposição ? - Em caso de impasse no país ou de situação financeira insustentável – um “beco sem saída” – então o PSD será parte da solução, promete. “Se algum dia chegarmos à evidência que o Governo não cumpre aquilo a que se comprometeu, que há uma situação financeira de ruptura em Portugal, que o país está num impasse, num beco sem saída, então nós arranjaremos uma saída”, afirmou aos jornalistas.(Público) - Brincadeira?

... Para manter a serenidade e se quer ficar cá dentro, vá para o Alentejo descansar à sombra duma azinheira.(espere só por uma nesga de sol).

Eles São Os Únicos

Portugal e Grécia são os únicos países da zona euro que sofreram uma redução no PIB, no quarto trimestre do ano passado. A Grécia registou um valor de -1,4% e Portugal -0,3%.

Pois é, mas a verdade é que o primeiro-ministro não está nem aí. Continua, isso sim, a andar por aí todo contente em campanha publicitária. O país, esse, vai-se arrastando gravemente doente e tenta sobreviver agarrado à 'máquina' dos empréstimos, que alguns por enquanto, ainda vão permitindo.

Ser Ou Não Ser ...

Ser ou não ser; essa é toda a questão:
Se mais nobre é em mente suportar
Dardos e flechas de ultrajante sina
Ou tomar armas contra um mar de angústias
E firme, dar-lhes fim. Morrer: dormir;
Não mais; dizer que um sono porá fim
À dor do coração e aos mil embates
De que é herdeira a carne!… é um desenlace
A aspirar com fervor. Morrer, dormir;
Dormir, talvez sonhar: eis o dilema,
Pois no sono da morte quaisquer sonhos
- Ao nos livrarmos deste caos mortal -
A paz nos devem dar. Esta é a razão
De a vida longa ser calamidade,
Pois quem do mundo os males sofreria:
A injustiça, a opressão, a vã injúria,
O amor magoado, as delongas da lei,
O abuso do poder e a humilhação
Que do indigno o valoroso sofre,
Quando ele próprio a paz encontraria
Em seu punhal? Quem fardo arrastaria,
Grunhindo, suarento, em triste vida,
Senão porque o pavor do após-a-morte
- Ignota região de cujas linhas
Não se volta – a vontade nos confunde
E nos faz preferir males que temos
A buscar outros que desconhecemos?
Assim nos faz covardes a consciência,
E o natural fulgor da decisão
Sucumbe à débil luz da reflexão;
E assim projectos de vigor e urgência
Em vista disto seus cursos desviam
E perdem o nome de acção (...)

O solilóquio de Hamlet 8versão em português de Luiz AngélicoCosta
(Ato III, Cena 1)