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domingo, 12 de dezembro de 2010

Estamos Fora De Um Dos Grandes Negócios Do Século: A Alimentação

Um produtor alentejano vende hoje uma saca de trigo mais barata do que há 20 anos. Mas um papo-seco custa várias vezes mais. Como? Sim (...). São os mercados, pá.

A economia agrícola é dos fenómenos mais fascinantes de estudar. Salazar doutorou-se nos fluxos do trigo, Cunhal especializou-se na questão agrária. Mas os parolos dos governantes portugueses de há 20 anos decidiram que não era "cool" investir em Agricultura. Depois do desinvestimento com a reforma agrária dos anos 70 e das políticas de rendimento dos anos 80, com Cavaco a aceitar a iniquidade da subsidiação europeia, ficámos sem agricultura. Hoje, não temos factor trabalho nem capital (a maquinaria está obsoleta), e a produção que sobrou liquidou-se perante a concentração da distribuição. E assim estamos de fora de um dos grandes negócios do século: a alimentação.


Fonte: Pedro Santos Guerreiro,JN

Santuário Da Rocha Da Mina Único Templo Primitivo ...

... Do Género, Conhecido A Sul Do Tejo

A carta arqueológica do Alandroal, mostra centenas de pontos arqueológicos e a existência abundante de povoados proto e pré-históricos, de antas, habitats e sepulturas romanas, habitats e sepulturas medievais e o registo de bastantes minas na área deste concelho.Esta, é portanto uma região especial com muitos lugares sagrados que ainda hoje emanam uma fortíssima energia tipo Yang.
O ambiente que rodeia a ribeira do Lucefecit, nomeadamente junto ao santuário proto-histórico da Rocha da Mina, evoca a ideia de 'relâmpago de Luz' própria de um lugar mágico de forte 'magnetismo' yang.
Santuário arcaico da Rocha da Mina
Esta área geográfica teve especial importância na fase final da resistência lusitana contra o invasor romano.


Esporão junto à ribeira do Lucefecit onde se encontra o santuário  da Rocha da Mina
Subindo os degraus do Santuário da Rocha da Mina encontramo-nos frente ao 'Sol Nascente'. Certos autores consideram que este santuário poderá ter sido o templo primitivo dedicado ao deus Endovénico. É o único local do género conhecido a sul do Tejo.

Fonte: Loução,Paulo Alexandre, Portugal Terra De Mistérios

Como Separar O Trigo Do Joio Nos Debates



O debate público anda confuso. Por cada comentador que sabe do que fala, existem pelo menos dois outros com conhecimento supérfluo mas uma capacidade infinita de gerar sound bites e exprimir convicções tão fortes quanto efémeras. Quem quer estar informado achará difícil distinguir o que está correcto daquilo que apenas soa bem.

Para separar o trigo do joio, nos debates sobre economia aconselho que pare de ler ou ouvir quando um autor acusar outros de serem neoliberais ou keynesianos. Relembre-se dos trabalhos de grupo que fez na escola. Alguns alunos tentavam responder aos problemas postos. Outros, entretinham-se a chamar nomes aos colegas. A quais é que hoje prestaria atenção? Se quer aprender economia, ouça aqueles que tentam compreender a economia, não os que se entretêm a discutir os economistas.

Uma variante deste conselho é desconfiar de quem afirma que a sua perspectiva é de esquerda ou pró-mercado. O discurso económico não é politicamente neutro ou apenas técnico. Também não o são o discurso da história, da arquitectura, ou até da matemática. Mas, em todos os campos, há um esforço contínuo para acumular conhecimento e abandonar ideias sem lógica ou desmentidas por factos. Quando o principal argumento a suportar uma análise é a sua posição ideológica, normalmente os outros argumentos são muito fracos.

Ricardo Reis, J i

Quando É Melhor Calar ...


Silêncio divinal, eu te respeito! 

Tu, meu Numen serás, serás meu guia 
Se até 'qui, insensato, errei a via 
De Harpócrates, quebrando o são preceito, 

Hoje à vista do mal que tenho feito, 
Em ser palreira pega em demasia, 
Abraçarei a sã Filosofia 
Pitagórica escola de proveito. 

Tenho visto que males tem nascido 
Pelo muito falar: tenho sondado 
Quanto é melhor calar, que ser ouvido. 

Minha língua vai ter férreo cadeado. 
Eu a quero enfrear, arrependido 
De tanto sem proveito ter falado. 

Francisco Joaquim Bingre