Pesquisar neste blogue

sexta-feira, 7 de abril de 2017

O Cativeiro Do BE E do PCP

De:João Pereira Coutinho
Mariana Mortágua subiu ao palanque parlamentar. E depois, com a suavidade que todos lhe reconhecemos, acusou: o Novo Banco foi oferecido a um ‘fundo abutre’ e os portugueses, como sempre, que paguem a conta. Perante esta vergonha, que tenciona fazer o Bloco? Retirar o seu apoio ao PS? Apresentar uma moção de censura? Meu Deus: imolar-se pelo fogo à porta de S. Bento?

Calma, povo. O Bloco tenciona fazer o mesmo que o PCP: teatro, para enganar otários. No essencial, a extrema-esquerda que engoliu um défice de 2,1% martelado com cortes no investimento público é a mesma que se revela impotente para combater o ‘grande capital’. O que se percebe.

Com sondagens miseráveis e um PS que ameaça a maioria absoluta, o Bloco e o PCP fazem lembrar aqueles reféns que insultam o raptor mas já não conseguem sobreviver sem ele. Antes do psiquiatra, alguém devia chamar a polícia.

João Pereira Coutinho, CM 

NotaO Parlamento rejeitou esta sexta-feira uma proposta do Bloco de Esquerda recomendando a exoneração do governador do Banco de Portugal. PS e PSD votaram contra o texto bloquista, enquanto o CDS e o PAN se abstiveram. Só os proponentes, o PCP e o PEV votaram a favor.

Reacções Ao Ataque Dos EUA À Síria

Os Estados Unidos lançaram esta madrugada (hora de Lisboa) um ataque com mísseis à Síria, visando alvos militares do regime de Bashar al-Assad, do qual terão resultado, pelo menos, quatro mortos. Segundo o Exército sírio terão sido seis as vítimas mortais.
Segundo o Pentágono, foram lançados pelo menos 59 mísseis de cruzeiro Tomahawk de navios de guerra no Mediterrâneo, visando a base aérea al-Shayrat, na província de Homs, de onde se pensa ter partido o ataque do início da semana com armas químicas. Nesse ataque, mais de 70 pessoas morreram, muitas delas crianças.

Líderes mundiais já manifestaram publicamente o seu apoio ou contestação ao ataque ordenado pelo presidente norte-americano contra a Síria.

As reacções diplomáticas não tardaram a chegar. Em baixo, segue uma lista com os países que apoiam e também aqueles que condenam a acção dos EUA, com as respectivas declarações. É uma lista em actualização.

A favor da acção dos EUA…
  • Reino Unido. Uma porta-voz de Theresa May disse que “o Governo do Reino Unido apoia totalmente o gesto dos EUA”. No comunicado, disse também que a base aérea atacada pelos EUA foi “usada para lançar os ataques químicos” do início desta semana.
  • Austrália. O primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, disse esta sexta-feira que “o Governo australiano apoia fortemente a resposta rápida e justa dos EUA”. Acrescentou ainda que “esta resposta foi calibrada, proporcional e dirigida” e que representa “uma mensagem para o regime de Assad”.
  • Israel. “Israel espera que esta medida face às ações terríveis do regime de Assad seja compreendida não só em Damasco, mas também em Teerão, Pyongyang e outros sítios”, escreveu a conta oficial do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
  • Arábia Saudita. Em comunicado na agência estatal SPA, lia-se: “Uma fonte do ministério dos Negócios Estrangeiros expressou o total apoio do reino da Arábia Saudita às operações militares americanas contra alvos na Síria, que surge como resposta ao uso de armas químicas do regime sírio contra inocentes civis”.
  • Turquia. Da parte de Ancara, reagiuo vice-primeiro-ministro Numan Kurtulmuş. “Como o nosso Presidente deixou claro, nós não queremos ouvir palavras, queremos ver ações. Neste aspeto, o ataque dos EUA na base militar é importante e significativo”, disse. Ainda assim, apelou a uma condenação mais vasta de Bachar al-Assad. “A comunidade internacional devia claramente continuar esta postura contra tamanha barbárie do regime de al-Assad até ele ser impedido de atingir o seu próprio povo”, disse o vice-primeiro-ministro da Turquia, que participa no esforço militar dos rebeldes sírios.
  • Japão. “Compreendemos que a ação tomada pelos EUA para prevenir que a situação na Síria piorasse”, disse o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, à agência Kyodo. “O Japão vai coordenar-se com os EUA e o resto da comunidade internacional e vai desempenhar o seu papel para a paz e estabilidade mundiais.”
… E contra a acção dos EUA
  • Rússia. Através de um porta-voz, o Presidente russo disse que os EUA cometeram “uma violação da lei internacional sob um falso pretexto”, negando que o ataque químico tivesse sido da responsabilidade da Síria. “Este ato deixa danos significativos aos laços entre os EUA e a Rússia, que já estavam num estado deplorável”, acrescentou. A Rússia mantém neste momento uma aliança militar com o regime sírio.
  • Irão. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão, que está militarmente aliado com a Síria e a Rússia, classificou o gesto dos EUA como “uma ação unilateral é perigosa, destrutiva e viola os princípios da lei internacional”. O mesmo responsável diz que os EUA ajudaram a “fortalecer os terroristas” e que ajudaram a “complicar ainda mais a situação da Síria e da região”.
  • China. O jornal estatal China’s Global Times escreveu que o Presidente dos EUA quis com este ataque “marcar a sua autoridade” e disse que a “pressa e inconsistência” deste gesto deixou “uma marca profunda”.
(em atualização)

Não Julgues, Ah, O tempo Voa.


Não julgues…
Habitas num recanto mínimo desta terra.
Os teus olhos chegam
Até onde alcançam muito pouco…
Ao pouco que ouves
Acrescentas a tua própria voz.
Mantém o bem e o mal, o branco e o negro,
Cuidadosamente separados.
Em vão traças uma linha
Para estabelecer um limite.


Se houver uma melodia escondida no teu interior,
Desperta-a quando percorreres o caminho.
Na canção não há argumento,
Nem o apelo do trabalho…
A quem lhe agradar responderá,
A quem lhe agradar não ficará impassível.
Que importa que uns homens sejam bons
E outros não o sejam?
São viajantes do mesmo caminho.
Não julgues,
Ah, o tempo voa
E toda a discussão é inútil.

Tagore