Pesquisar neste blogue

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A Nuvem : CGD


Encolher despesas não é o mesmo que alargar 'compromissos' . Surgiu uma nuvem cinzenta e claro começa a pingar

O número de gestores da CGD.

O novo conselho vai ter dois presidentes (Faria de Oliveira e Agostinho de Matos). O número de membros cresce de sete para 11, mas custos com salários não aumentam.

Apesar da diminuição dos custos, este modelo contraria as orientações do governo liderado por Pedro Passos Coelho, que se comprometeu a diminuir 15% os cargos dirigentes de toda a administração pública. A criação de dois cargos de presidente, o não executivo ou chairman - que será ocupado por Faria de Oliveira -, e o executivo, surge ainda numa altura em que a Caixa está obrigada a reorientar o seu foco para a actividade bancária, saindo de outras áreas, como os seguros e as participações financeiras em empresas emblemáticas.(J i )

Desvio Colossal ? A Prova

Na sequência da confusão, sobre o 'desvio colossal ' o deputado socialista Vitalino Canas defendeu no dia 13 à tarde que o primeiro-ministro deveria ir à comissão de acompanhamento do programa da troika explicar as declarações sobre  as contas públicas.
Pois é, até podia ter dito a frase, porque todos sabemos quanto nos está a custar o legado que o Governo de Sócrates nos deixou, mas .... a VERDADE É  -  NUNCA Tal Afirmação Foi Produzida.

Passos Coelho nunca falou em "desvio colossal" e as imagens divulgadas pelo PSD via RTP confirmam a versão do ministro das Finanças. ( veja o vídeo aqui). Mais palavras menos palavras o que interessa é colocar o País a 'andar para a frente' e ir pagando o legado do despesismo.

Ouvimos E Lemos Menos O Que É De Senso Comum

Não se percebe muito bem porque é que, em vez de se reunirem em agitadas cimeiras europeias, como a de ontem, os insignes dignitários do Velho Continente não vêm passar uma semana no nosso país. Poderiam ultrapassar a crise, enclausurados em retiro, talvez no Convento da Arrábida, acompanhados de tradutores de português, a rever os conselhos dos brilhantes cérebros nacionais.

Ouvimos e lemos de tudo, menos o que é do senso comum: o maravilhoso processo europeu está a ser vítima de países que foram governados anos a fio por gente que escondeu despesas e gastou mais do que produziu. Gente essa que criou défices "robustos" e contraiu dívidas "colossais", para utilizar palavras agora muito em voga.

Existe uma grave crise europeia? Claro que sim. Mas talvez seja mais sensato começarmos por tentar resolver o nosso problema. Chama-se Portugal.

Paulo Mascarenhas, CM