Não se percebe muito bem porque é que, em vez de se reunirem em agitadas cimeiras europeias, como a de ontem, os insignes dignitários do Velho Continente não vêm passar uma semana no nosso país. Poderiam ultrapassar a crise, enclausurados em retiro, talvez no Convento da Arrábida, acompanhados de tradutores de português, a rever os conselhos dos brilhantes cérebros nacionais.Ouvimos e lemos de tudo, menos o que é do senso comum: o maravilhoso processo europeu está a ser vítima de países que foram governados anos a fio por gente que escondeu despesas e gastou mais do que produziu. Gente essa que criou défices "robustos" e contraiu dívidas "colossais", para utilizar palavras agora muito em voga.
Existe uma grave crise europeia? Claro que sim. Mas talvez seja mais sensato começarmos por tentar resolver o nosso problema. Chama-se Portugal.
Paulo Mascarenhas, CM
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