Os europeus construíram uma narrativa que pretendia impor a Ucrânia como o ‘prato forte’ da cimeira, mas há analistas que dizem que isso só é verdade na mente pouco esclarecida de alguns líderes europeus.
É errado acreditar na perceção de que Putin e Trump estão a encontrar-se apenas pelo bem da Ucrânia: “na verdade, a Ucrânia dificilmente será o principal tema. O encontro no Alasca servirá de palco para manobras estratégicas mais amplas, não só por parte de Trump, mas também do seu astuto colega russo. Nos bastidores, espera-se que Trump manifeste o seu apetite pelos projetos muito lucrativos da Rússia no Ártico (tendo já feito algumas incursões nos projetos sensíveis no espaço)”,
defende a analista Lily Ong, analista de risco geopolítico, num research do International Institute for Middle East and Balkan Studies (IFIMES) a que o JE teve acesso. (...)
“O perspicaz Putin não é alheio à situação e irá espalhar confettis sobre Trump e mantê-lo agarrado. Algumas das ofertas seriam rotuladas como ‘rotas de navegação’, enquanto outras serão marcadas como ‘direitos de recursos’. (...)
Para Lily Ong, a ausência em palco será nada mais nada menos que a Ucrânia, cujo destino foi selado. “Este eventual destino da Ucrânia não surpreende aqueles que estão familiarizados com o fim que espera todos os peões norte-americanos. Nenhuma pose convencerá ninguém de que Zelensky tem algo a ver com o acordo”, conclui a analista.
(
A Ucrânia Pode Não Ser O Tópico Principal Da Cimeira do Alasca, J Económico)
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