O desinvestimento americano na segurança europeia e no apoio à Ucrânia torna mais urgente o esforço alemão e o esforço europeu. (Teresa de Sousa, Público)
O regresso da Alemanha - Quando Friedrich Merz chegou à chancelaria de Berlim, prometeu devolver à Alemanha o papel liderante que já teve, e que lhe compete, na União Europeia. Não deixou a promessa por mãos alheias. Hoje, Berlim está na primeira linha do apoio europeu à Ucrânia. É o maior dador de armamento, sobretudo a partir do momento em que os Estados Unidos de Trump transferiram esse esforço para a Europa. Operou uma revolução nas finanças públicas, eliminando, com o apoio do SPD, a cláusula de travagem da dívida e investindo maciçamente nas infra-estruturas e na defesa
A Europa tem ainda um longo caminho a percorrer para dotar-se de uma indústria de defesa poderosa e mais auto-suficiente. Durante anos, cada país tratou das suas próprias indústrias, em concorrência com as dos vizinhos. Ainda hoje, aliados europeus têm 13 tipos diferentes de carros de combate, para dois nos Estados Unidos. Harmonizar os standards e cooperar em projectos conjuntos exige uma verdadeira revolução, embora os novos instrumentos adoptados por iniciativa da Comissão, como o programa SAFE (150 mil milhões de euros) incentivem uma muito maior cooperação.
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