Miguel Pinheiro (MP) dialogo com Sérgio Sousa Pinto (SSP) sobre o reconhecimento da Palestina.
A certa altura, MP perguntou-lhe o óbvio: como é possível que o Governo português, em julho, há escassas semanas, tivesse fixado condições muito claras para o reconhecimento, e agora, de repente, declare que não há obstáculo algum? Recordemos as condições de julho: libertação dos reféns, dissolução do Hamas, realização de eleições. Eram condições sensatas, embora irrealizáveis no curto prazo. O que mudou entre julho e setembro?
Nada. Os reféns continuam em cativeiro, em condições bárbaras. O Hamas não desapareceu, continua armado, a controlar pelo terror a população de Gaza, e a fazer dela escudo humano, negócio, e figurante da mais básica propaganda. As eleições? Uma miragem muito ao longe, até porque, a acontecerem agora, seria o grupo terrorista a vencê-las.
E, ainda assim, o dr. Rangel anunciou que, afinal, não há entraves. O que em julho era essencial, em setembro já é descartável.
Sousa Pinto, (...) o reconhecimento era “simbólico”, que se destinava a “isolar Israel”.
Ou seja, não era para resolver um problema, mas para castigar o estado judeu. Trata-se, a meu ver,
de uma inversão completa: Para SSP, o problema não é o Hamas, não é o grupo terrorista que desencadeou a guerra, que mantém reféns e submete a sua própria gente à fome a uma ditadura fanática. O problema é do genocídio, esse sim, de 7 de outubro de 2023, quando o Hamas massacrou famílias inteiras, filmando orgulhosamente a chacina para difundir online . Em contrapartida, houve espaço para referir imagens produzidas pelo Hamas, números fornecidos pelo Hamas, comunicados filtrados pelo Hamas.
A certa altura, MP perguntou-lhe o óbvio: como é possível que o Governo português, em julho, há escassas semanas, tivesse fixado condições muito claras para o reconhecimento, e agora, de repente, declare que não há obstáculo algum? Recordemos as condições de julho: libertação dos reféns, dissolução do Hamas, realização de eleições. Eram condições sensatas, embora irrealizáveis no curto prazo. O que mudou entre julho e setembro?
Nada. Os reféns continuam em cativeiro, em condições bárbaras. O Hamas não desapareceu, continua armado, a controlar pelo terror a população de Gaza, e a fazer dela escudo humano, negócio, e figurante da mais básica propaganda. As eleições? Uma miragem muito ao longe, até porque, a acontecerem agora, seria o grupo terrorista a vencê-las.
E, ainda assim, o dr. Rangel anunciou que, afinal, não há entraves. O que em julho era essencial, em setembro já é descartável.
Sousa Pinto, (...) o reconhecimento era “simbólico”, que se destinava a “isolar Israel”.
Ou seja, não era para resolver um problema, mas para castigar o estado judeu. Trata-se, a meu ver,
de uma inversão completa: Para SSP, o problema não é o Hamas, não é o grupo terrorista que desencadeou a guerra, que mantém reféns e submete a sua própria gente à fome a uma ditadura fanática. O problema é do genocídio, esse sim, de 7 de outubro de 2023, quando o Hamas massacrou famílias inteiras, filmando orgulhosamente a chacina para difundir online . Em contrapartida, houve espaço para referir imagens produzidas pelo Hamas, números fornecidos pelo Hamas, comunicados filtrados pelo Hamas.

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