Graças ao seu domínio da extração e refinação desses recursos a China pode, no limite, paralisar boa parte da capacidade de fabricação por todo o Mundo da maioria das tecnologias mais avançadas, desde os computadores de bolso a que chamamos smartphones, até carros elétricos, sem esquecer sistemas de armamento avançados.
A China viu nas terras raras uma oportunidade estratégica única: algo custoso e sujo com que mais ninguém queria lidar, mas de que todos iriam precisar cada vez mais. (...) O resultado é que, hoje, Pequim controla 68% da mineração de terras raras.
E nós, na Europa? Devemos acordar antes que seja tarde. Em Portugal, como de costume sobre questões de fundo que exigem planeamento e estratégico a prazo, não parece haver grande preocupação ou debate. A União Europeia até parece ter acordado nos últimos anos para a gravidade deste problema, pelo menos em termos de declarações de intenções.
Qual é o grande problema? Não existe um financiamento europeu específico para este esforço de diversificação. A China e, cada vez mais, também os EUA estão a investir milhares de milhões de dólares. Também não temos, claro, um governo forte que possa rapidamente afastar obstáculos ou pressionar parceiros hesitantes.

Sem comentários:
Enviar um comentário