A UE tem de passar da ‘gestão de crises’ constante para uma ‘democracia antecipatória.’( Ricardo Borges de Castro, Sábado)Embora não existam bolas de cristal na elaboração de políticas públicas e não seja possível prever o futuro, há maneiras de melhorar a forma como os governos e as instituições europeias se preparam, respondem e, se possível, atenuam ou evitam crises futuras. Chama-se prospetiva estratégica. Ora, na atualidade, a antecipação de futuros não deve ser vista como um ‘artigo de luxo’, mas sim como uma prática estabelecida e necessária. (...)
A preparação e a construção de resiliência começam com a prospetiva: identificando desenvolvimentos plausíveis e de alto impacto, antes de pensá-los sistematicamente – desde suas origens e implicações até maneiras de, potencialmente, evitá-los. Isto requer capital político e investimento, mas é dinheiro bem gasto: a realidade é que os atuais níveis de incerteza, volatilidade e agitação geopolítica e geoeconómica devem manter-se ou mesmo agravar-se. (...)

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