Ninguém basta-se a si mesmo.
(...)Em cada povo há um conceito de iluminação. Alguns compreendem que o homem não é e não deve ser uma ilha, que precisa de se unir ao continente; outros crêem que sim, que é necessário que se isole, que proceda assim para se compreender melhor.
Em verdade, não será o homem uma ilha? Todos homens, ilhas esparsas no oceano? Algumas, estreitas; outras, muito largas, tão vastas que podemos chamar de continentes? Mas não importa o tamanho das ilhas. O importante é que todas ilhas possuam pontes, que se comuniquem entre si, que se permitam a permuta de riquezas e o aprendizado mútuo.
Em verdade, não será o homem uma ilha? Todos homens, ilhas esparsas no oceano? Algumas, estreitas; outras, muito largas, tão vastas que podemos chamar de continentes? Mas não importa o tamanho das ilhas. O importante é que todas ilhas possuam pontes, que se comuniquem entre si, que se permitam a permuta de riquezas e o aprendizado mútuo.
Concluo que nenhum de nós possui visão de águia. Cada um pensa e vê uma parte do mundo. Somando nossos olhos é possível enxergar um imenso panorama. A amizade, a solidariedade e o altruísmo são pontes que nos aproximam. Mas é necessário que a individualidade seja reverenciada, que o ensimesmamento seja livre, que seja respeitada a vontade de ir, de vir, de se retirar no momento desejado. Só assim, creio eu, cada homem em sua ilha interior será uno e ao mesmo tempo universal.
(John Donne)
(John Donne)

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