A violência entrou no espaço público como se fosse linguagem natural. É como se tivéssemos esquecido que a vida democrática se constrói pela palavra argumentada, pelo debate, pela procura de consensos possíveis. Em vez disso, normalizou-se a crispação, radicalizou-se o discurso, transformou-se a agressividade em sinal de força. A violência tornou-se hábito — e, como todo o hábito, tende a consolidar-se.
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sexta-feira, 3 de outubro de 2025
A Frase (221)
A violência deixou de ser exceção para se tornar regra, deixou de ser acidente para se tornar método. Primeiro, pelas palavras: a agressividade gratuita, o insulto como forma de expressão política, a retórica do ódio disseminada nas redes sociais. Depois, pelos gestos: agressões físicas, tumultos sociais, guerras sem fim, atentados que deixam marcas indeléveis não apenas nas vítimas diretas, mas na própria consciência coletiva. (José Pereira da Costa, Público)
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