Para o candidato Almirante, o silêncio é a maior arma do poder – a clássica dicotomia entre ser prisioneiro das palavras e dono dos silêncios. O Almirante assume-se como um patriota porque coloca acima de todos os valores o amor ao seu país. O Almirante não se entende como um nacionalista porque não pensa que o valor supremo seja o ódio aos outros países. O Almirante veste a Bandeira e respira o Hino. (...)
Em momentos de incerteza e de crise, os “grandes homens” assumem a resolução da crise como a extensão de um dever nacional, impõem o seu critério de acção e fazem da crise a marca de um carisma pessoal na forma de uma solução política. O Almirante tem a ambição própria de configurar o perfil do “grande homem” providencial. (...)
O Presidente da República está completamente desmoralizado neste final do segundo mandato. Subitamente, o excesso e a política das palavras cansaram o próprio Presidente.
O Presidente da República está completamente desmoralizado neste final do segundo mandato. Subitamente, o excesso e a política das palavras cansaram o próprio Presidente.
Percebe-se agora que a carreira política de Marcelo tenha sido uma eterna esperança sempre por concretizar. Uma carreira feita de derrota em derrota até à vitória final para Belém. Não disfarçando a desilusão, irá Marcelo sair derrotado também da Presidência da República?
Depois de dez anos em Belém, Marcelo precisa de uma peregrinação interior para reflectir sobre o seu futuro na conjugação da República. (...)
Depois de dez anos em Belém, Marcelo precisa de uma peregrinação interior para reflectir sobre o seu futuro na conjugação da República. (...)
(excertos do texto de (Carlos Marques de Almeida, ECO)

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