Pesquisar neste blogue

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Notícias Ao Fim Da Tarde

Covid -19: Situação Em Portugal Hoje

  • 132.616 casos confirmados (+ 4.224 face ao dia anterior
  • 2.428 vítimas mortais (+ 33 vítimas mortais nas últimas 24 horas)
  • 1.834 internados (mais 40)
  • 269 estão em UCI (+ 7)  
  • 75.702 casos recuperados em Portugal (+ 1.701 do que os registados ontem)
  • 64.426 pessoas encontram-se em vigilância (+ 1.969 do que no dia de ontem) 
  • 54.486 casos ativos (+ 2.490 do que o verificado ontem)

Existem:

  • 58.596 casos registados no Norte (+ 2.474)
  • 11.401 no Centro ( + 524)
  • 56.580 em Lisboa e Vale do Tejo (+ 1.102)
  • 2.642 no Algarve (mais 63)
  • 358 casos na Região Autónoma dos Açores (+ cinco)
  • 431 na Região Autónoma da Madeira (+ 6) 
  • 2.608 casos no Alentejo (+ 50).

Quanto aos óbitos do total das 2.428 mortes: 

  • 1.069 registam-se no Norte (+ 16)
  • 309 no Centro (+ cinco)
  • 967 em Lisboa e Vale do Tejo (+ 12)
  • 25 no Algarve
  • 15 nos Açores  
  • 43 no Alentejo
  • Não se regista nenhuma morte por Covid-19 na Madeira.

Atualmente existem 60.271 homens e 72.345 mulheres infetados pelo novo coronavírus. Em termos de óbitos contam-se 1.242 homens e 1.186 mulheres. Encontram-se em vigilância 64.426 pessoas, mais 1.969 do que no dia de ontem. Registam-se ainda 54.486 casos ativos, mais 2.490 do que o verificado ontem.

O grupo etário com o maior número de casos verifica-se entre os 20 e 29 anos, com 10.689 homens e 11.780 mulheres, num total de 22.469 casos. O maior número de óbitos regista-se acima dos 80 anos, com 726 homens e 900 mulheres, num total de 1.626 mortes.

A Apatia De Um Povo É O Seguro De Vida De Quem Dele Se Aproveita

 Durante os últimos 20 anos, os portugueses habituaram-se a viver com pouco crescimento económico e pouco rendimento (tivemos um crescimento médio de 1% ao ano, descontado o efeito da inflação) e temos ficado cada vez mais na cauda da Europa. Tudo isto se tem passado perante um povo que impávido e sereno, vai aguentando um, outro e outro anúncio, geralmente um pequeno aumento dado como se de uma migalha se tratasse e geralmente em cima das eleições.

Segundo um estudo da OCDE de 2018 [1], estima-se que em Portugal sejam necessárias cinco gerações para que alguém nascido numa família de rendimento baixo ascenda a um rendimento médio. Cinco! 

A apatia de um povo é o seguro de vida de quem dele se aproveita, de quem vive de uma democracia frágil e de um país sem mecanismos de controlo e sem uma sociedade civil ativa e exigente. O estado letárgico em que vivemos cauciona os conflitos de interesse, a raiva desorientada e descarregada nas caixas de comentários apenas fortalece o atual estado de coisas. Uma imprensa sedada e sem independência política ou partidária é ela própria uma ameaça à democracia.

Se há uns anos ficou célebre a ideia de vivermos em claustrofobia democrática, hoje vivemos numa democracia sedada e asfixiada, incapaz de se libertar e com uma imprensa apática e acrítica.

A política devia ser sinónimo de esperança, de mudança positiva e fundamentalmente devia servir para garantir que os cidadãos podem, pela sua dedicação e trabalho, serem capazes de progredir e construir a vida que ambicionam. Precisamos de ser, coletivamente, mais exigentes com quem decide o nosso futuro coletivo.

(Excertos do texto de Lídia Pereira, hoje no ECO)

Em Todos Os Jardins


Em todos os jardins hei de florir
Em todos beberei a lua cheia
Quando no meu fim eu possuir
Todas as praias onde o mar ondeia.
Um dia serei eu o mar e a areia,
a tudo quanto existe hei-me de unir,
E o meu sangue arrasta em cada veia
Esse abraço que um dia se há de abrir.
Então receberei no meu desejo
Todo fogo que habita na floresta
Conhecido por mim como um beijo.
Então serei o ritmo das paisagens,
A secreta abundância dessa festa
Que eu via prometida nas imagens.

Sophia de Mello Breyner Andresen