sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Notícias Ao Fim Da Tarde

Um Gene Comum Em Centenários Pode Ajudar A ‘Rejuvenescer’ O Coração


Investigadores italianos descobriram há anos que um gene comummente encontrado em pessoas com idades acima dos 90 anos tinha um efeito protetor do coração. Agora, uma mutação desse gene foi usada para ‘rejuvenescer’ o coração em ratos de laboratório

Ogene BPIFB4 é frequentemente encontrado em pessoas que vivem para lá dos 90 anos de idade e é responsável por manter o coração e a saúde cardíaca destas pessoas em boa forma. Agora, uma equipa introduziu uma modificação deste gene em ratos envelhecidos e descobriu-se que a variante permitiu ‘reverter’ a idade biológica do coração o equivalente a 10 anos humanos. Em ratos de idades médias, a terapia ajudou a parar o declínio da função cardíaca, explica o ScienceAlert.

Os cientistas querem agora analisar a variante associada à longevidade (LAV) deste gene e perceber melhor quais os seus efeitos fisiológicos.

Em testes a genes humanos, retirados de 24 pacientes envelhecidos e com doenças cardíacas severas, a equipa concluiu que a introdução deste gene trouxe benefícios. O LAV-BPIFB4 teve um papel na manutenção das células chamadas pericitos e que são responsáveis pela construção e manutenção de vasos sanguíneos, o que mantém o coração a funcionar bem durante mais tempo. “Ao adicionar o gene/proteína da longevidade à amostra, observamos um processo de rejuvenescimento cardíaca: as células cardíacas voltaram a funcionar normalmente e foram mais eficientes na construção de novos vasos sanguíneos”, afirmou Monica Cattaneo, investigadora que liderou o estudo da IRCCS Multimedia Group em Itália.

As equipas vão testar como a transferência deste gene, além de benefícios na diabetes e aterosclerose e outras complicações, pode ajudar na parte cardíaca também. Uma experiência que está a ser considerada é o uso da proteína do BPIFB4 como tratamento, em vez do gene propriamente dito.

O estudo completo pode ser lido na Cardiovascular Research.

Praia.

Minha praia ardorosa e solitária
aberta ao grande vento e ao largo mar
tu me viste querer-lhe com a doce
piedade das sombras do luar

teus cabos se adiantam como braços
para abraçar as ninfas receosas
que fugindo oferecem sobre as vagas
suas nítidas formas amorosas

braços paralisados por desejo
que o mundo e sua lei não permitiu
ou suspendeu amor que livre jogo
maior que posse em fugaz tempo viu

e como vós me alongo e como tu
areia me ofereço a toda sorte
por sua liberdade ou por destino
que por só dela seja belo e forte.

(Agostinho da Silva )