segunda-feira, 20 de maio de 2024

Notícias Ao Fim Da Tarde

O Progresso É Impossível Sem Mudança

Aqueles Que Não Conseguem Mudar As Suas Mentes Não Conseguem Mudar Nada.


1- Mais do que uma fraqueza perante as palavras de Ventura, o que incomoda a esquerda no episódio Aguiar-Branco é que ele representa um novo sinal de que, desta vez, o centro-direita e a direita moderada não vão governar de forma politicamente ingénua. 

Mesmo quem foi mais próximo de Passos Coelho aponta ao antigo primeiro-ministro a falha política de não ter refrescado o pessoal dirigente do Estado. (...)
Montenegro não é Passos Coelho, e sabe bem que o seu sucesso depende de colocar pessoas competentes, mas da sua confiança, em lugares-chave da administração. Isso já começou em força, e tem incomodado sobremaneira os partidos de esquerda. Ao esvaziar o balão das polémicas inúteis de Ventura, Aguiar-Branco deixa claro que não vai contribuir para o crescimento artificial do Chega. Mais do que o combate ao racismo, o que está em causa é o fim da ingenuidade política da direita moderada.  (...)             (Carlos Rodrigues, CM)

2- Para azar de Ventura, o actual primeiro ministro começou a “mostrar serviço”, e a marcar a agenda política, sem “papas na língua” no debate quinzenal. Um azar nunca vem só…

Subitamente, o vento mudou. E a “meteorologia” política parece estar mais favorável e a correr de feição a Luís Montenegro e ao governo. (...)

O Chega, depois da surpresa das Legislativas, precisa de um assento no Parlamento Europeu, como “do pão para a boca”, para legitimar o seu crescimento e provar que não foi por acaso que alcançou os 50 lugares em S. Bento. 

Quando as oposições e os media amigos das oposições, já se perfilavam para acusar Montenegro de inação — por não resolver em um mês de actividade aquilo que as esquerdas e o PS não tinham resolvido em oito anos –, o primeiro ministro, cumprido o recolhimento “monástico”, tirou da “cartola“ não um mas vários coelhos, num passe de “mágica” que desarmou a assistência , já preparada para a pateada.

(Excertos do texto de Dinis Abreu, OBSR)

Frase (117)

Vivemos um tempo em que é cada vez mais fácil exigir a censura daqueles de quem discordamos. São tempos perigosos, nos quais também os jornalistas estão a entrar.     (António Costa, ECO)

Particularmente preocupante é ver jornalistas, os que vivem profissionalmente da liberdade de expressão, os que dependem da sua efetiva realização para o exercício pleno da sua missão, a pedir censura, a exigir que Aguiar Branco fosse um censor. É um mau sinal, quando as tentativas de limitar a liberdade de expressão não são apenas património do Chega ou de populistas à esquerda e podem vir de onde menos se espera.

Chegados aos 50 anos do 25 de abril, à celebração da liberdade, está o país a discutir a censura e os que mais evocam a revolução são os que defendem que o Presidente da Assembleia da República deveria mandar calar André Ventura por ter feito comentários xenófobos sobre os trabalhadores turcos, deveria exercer o poder do ‘lápis azul’. Hoje, censurava André Ventura, e amanhã?

O que disse o presidente do Chega? “O aeroporto de Istambul foi construído e operacionalizado em cinco anos. O aeroporto de Istambul… Istambul! Não estou a falar de Veneza: Istambul. Ora, os turcos não são propriamente conhecidos por serem o povo mais trabalhador do mundo”. A afirmação, por sinal, é falsa, coisa pouco sublinhada na discussão pública por estes dias: O PIB por hora trabalhada é superior ao português…

Portanto, a afirmação é, em primeiro lugar, falsa. E em segundo, roça a xenofobia quando faz uma caracterização racial ou étnica (como a que fez Marcelo Rebelo de Sousa quando disse que António Costa, por ter ascendência oriental, é lento, nas decisões, presume-se), embora talvez tenha ganho uma relevância excessiva e uma onde de indignação desproporcionada. A afirmação foi feita em pleno Parlamento, e a líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, tentou pôr o Presidente da Assembleia em dificuldades. Poderia Ventura dizer aquele disparate, ou outro qualquer? Para José Pedro Aguiar-Branco, pode. E bem. (continuar a ler aqui)

Noites Amadas


 Ó noites claras de lua cheia!
Em vosso seio, noites chorosas,
Minh’alma canta como a sereia,
Vive cantando n’um mar de rosas;

Noites queridas que Deus prateia
Com a luz dos sonhos das nebulosas,
Ó noites claras de lua cheia,
Como eu vos amo, noites formosas!

Vós sois um rio de luz sagrada
Onde, sonhando, passa embalada
Minha Esperança de mágoas nua...

Ó noites claras de lua plena
Que encheis a terra de paz serena,
Como eu vos amo, noites de lua!

(Auta de Souza)