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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Preocupações Que Espreitam O Mundo Em 2015

Segundo o Fórum Económico Mundial, no topo das preocupações está agora a possibilidade de existirem mais conflitos entre Estados. A entidade fala mesmo do momento mais sensível para o equilíbrio global desde a queda do Muro de Berlim, em 1989: "Este ano há uma mudança radical face ao que se tinha vindo a assistir na última década. 25 anos após a queda do Muro, os riscos geopolíticos regressaram à agenda".

A explicação para este ressurgir dos riscos geopolíticos está ligada à crise económica. O maior desemprego e subemprego em economias desenvolvidas como nos mercados emergente tende, segundo o Fórum Económico Mundial, a aumentar os sentimentos nacionalistas e a causar instabilidade social.

E apesar dos preços do mercado aparentemente não se terem ajustado totalmente a estes riscos, os bancos de investimento têm estado alerta nos relatórios que entregam aos seus clientes: "O maior risco é a subida dos partidos menos tradicionais, o que pode levar a instabilidade política, governos fracos e a uma descida do ímpeto reformista. Continuamos a pensar que o grande risco potencial para a zona euro é se a maioria da população ficar contra o euro", referiram os analistas do Credit Suisse.

Fonte: Económico    

Grécia : A Realidade Começa A Debater-se ...

Os mercados reagiram, os juros dispararam, as bolsas de vários países sofreram com a percepção de que a Grécia esticará a corda até rebentar. E vários dos que aplaudiram a vitória do Syriza começam a travar a euforia ou a expectativa.

Nem por acaso, nos últimos dois dias, António Costa deixou de comentar com entusiasmo estes "sete dias que abalaram o mundo" em versão helénica. Compreende-se. Se abraçar esta causa e, ao mesmo tempo, o efeito de dominó nas economias sobrar para o nosso lado (dificuldades das empresas, falta de crédito, desemprego, etc.), a vitória nas eleições legislativas tornar-se-ia uma miragem. Passará a estar calado, vão por mim.

Tsipras sabe o que faz. É inteligente e carismático. Ontem perdeu duas horas com o presidente do Parlamento Europeu, que se deslocou a Atenas. No final, os dois afirmaram-se contentes e na expectativa de que tudo corra pelo melhor. Afirmações inócuas que não me convencem. O primeiro- -ministro grego disse muito sem nada dizer, arrastou os pés.

Nos próximos dias andaremos nisto, de provocação em provocação, de arrasto em arrasto, na tentativa de obrigar Merkel a perder a compostura - a procura de um pretexto para o grande terramoto político. Uma bomba-relógio que, a explodir, terá consequências imprevisíveis. Um jogo perigoso. Que pode acabar muito mal. Por isso, os americanos posicionaram-se e, em correio azul, disseram a Tsipras que ele não precisa da Rússia para nada.

Luís Osório, Ji