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sexta-feira, 26 de abril de 2019

Notícias Ao Fim Da Tarde

>Governo diz que Bloco sabia que lei de bases assinada por Temido não era versão final





Hoje Como Noutros Tempos Vivemos Presos A Um Estado Que Continua a Ser Paternalista, Moralista, Corporativista E Saqueador

O facto de vivermos num regime democrático não quer dizer que vivamos em liberdade. Hoje, tal como no tempo da ditadura, vivemos presos a um Estado que, já não sendo repressivo, continua a ser paternalista, moralista, corporativista e saqueador.
Paternalista porque se arroga ao direito de fazer escolhas que não respeitam a individualidade de cada cidadão, moralista porque nos impõe uma visão da sociedade que nunca fomos chamados a escolher, corporativista porque alimenta uma casta de burocratas e saqueador porque todos os dias nos vai à carteira para continuar a alimentar o seus vícios.
Vivemos num paternalismo estatal que tenta desesperadamente construir um homem novo. Livre de vícios como o álcool e o tabaco, afastado de tradições apelidadas de bárbaras como a tourada ou a caça, tendencialmente vegetariano, laico, socialista e a viver de acordo com aquilo a que uma nova moralidade pós--moderna nos obriga. Que ninguém duvide que existe um processo em curso de higienização da sociedade. No fim de tudo isto, nada nos distinguirá uns dos outros, porque o nosso mapa de valores será exatamente igual. (continuar a ler)

Esta Janela Tem O Peso Das Suas Estrelas


Esta janela tem o peso das suas estrelas 

e todas as coisas se movem por cima desta folha branca. 
Quando nos encontramos habitamos uma hora diferente, 
trocamos os corpos pela redução do rosto. 
Assim, o que dizemos um ao outro apenas sobe, 
é nosso sem pertencer verdadeiramente a nenhum de nós. 
Talvez um dia alguma emoção não suba e fique exactamente 
no mesmo centro sísmico, no cosmos desta humilde lama, 
no que reciclamos sobre a eternidade desta ilusão. 
Aqui, nesta janela que tem o peso das suas estrelas, 
e por cima desta folha branca e suja, 
ascendo ao conhecimento de nenhuma página 
e torno-me, contigo, um grão de areia no destino do vento. 

Tiago Nené