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quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Notícias Ao Fim Da Tarde (act.)

 

Covid-19: Situação Em Portugal Hoje Quinta-feira

  • 198.011 casos confirmados ( +5.839 face ao dia anterior) 
  • 3.181 vítimas mortais (+ 78 vítimas mortais nas últimas 24 horas)
  • 2.794 internados (+9)
  • 383 estão em Unidades de Cuidados Intensivos (- 8) 
  • 113.689 casos recuperados (+3.336)
  • 2.794 internados (+9)
  • 383 estão em Unidades de Cuidados Intensivos (- oito)
  • 113.689 casos recuperados (+ 3.336 do que os registados ontem)
  •  89.675 pessoas  em vigilância (+568 do que no dia de ontem)
  •  81.141 casos ativos (+ 2.425 do que o verificado ontem)
Atualmente existem: 
  • 97.624 casos registados no Norte (mais 3.567)
  • 18.508 no Centro (mais 749)
  • 73.281 em Lisboa e Vale do Tejo (mais 1.345)
  • 3.715 no Algarve (mais 77)
  • 542 casos na Região Autónoma dos Açores (mais 29)
  • 600 na Região Autónoma da Madeira (mais 16)
  • 3.741 casos no Alentejo (mais 56).
Quanto aos óbitos, do total das 3.181 mortes: 
  • 1.459 registam-se no Norte (mais 45)
  • 395 no Centro (mais seis)
  • 1.206 em Lisboa e Vale do Tejo (mais 25)
  • 31 no Algarve
  • 15 nos Açores 
  • 73 no Alentejo (mais dois)
  • 2 na Madeira.
O grupo etário com o maior número de casos verifica-se entre os 20 e 29 anos, com 15.472 homens e 17.391 mulheres, num total de 32.863 casos. O maior número de óbitos regista-se acima dos 80 anos, com 956 homens e 1.189 mulheres, num total de 2.145 mortes.

Os Amigos Dos Tiranos

 O ministro Augusto Santos Silva sabe perfeitamente que o PS garantiu “algum apoio parlamentar” encostando-se “a quem gosta de ditadores e tiranos” – ou, pelo menos, a quem não os critica.

O PS sobe por vezes tão alto na propaganda da sua superioridade moral que arrisca a estatelar-se com estrondo. Esta quarta-feira aconteceu. Quando o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, diz no Parlamento que não pertence a um partido “encostado a quem gosta de ditadores e tiranos para efeitos apenas de garantir algum apoio governamental”, tolerou dois tipos de reacções: as que se preocupam com a sua falta de memória; e as que se indignam com o seu malabarismo. Seja qual for a origem da gaffe, premeditada ou acidental, é óbvio que, para censurar o Chega e os partidos que deram a mão a Ventura na “caranguejola” açoriana, não é preciso passar o pano pelo radicalismo do Bloco e, principalmente, pela velha amizade do PCP com certos tiranos. Da mesma forma, para deplorar a normalização da extrema-direita não faz sentido branquear a faceta da extrema-esquerda que pouco tem que ver com a democracia liberal.

Cedamos ao relativismo para assumir que é menos grave apoiar um ditador ignóbil como Nicolás Maduro do que defender medidas penais da idade das cavernas como a castração química de pedófilos. Ou notar que é menos perigoso para a democracia portuguesa poupar uma relíquia estalinista em Pyongyang do que defender medidas discriminatórias contra uma etnia no Alentejo. Mas, mesmo estando de acordo com este ponto de partida, o ministro Augusto Santos Silva sabe perfeitamente que o PS garantiu “algum apoio parlamentar” encostando-se “a quem gosta de ditadores e tiranos” – ou, pelo menos, a quem não os critica. Não o Bloco de Esquerda, que, apesar de ser mais contundente a criticar Jair Bolsonaro do que Nicolás Maduro, é inequívoco na condenação dos ditadores; mas sim o PCP, que tem uma longa tradição de condescender com os tiranos em Angola, na Venezuela, em Cuba ou na Coreia do Norte.

O ministro acabou por dar razão à ambiguidade que tende a desculpar o acordo com o Chega com o acordo da “geringonça”. Insista-se: sendo todos os extremismos um risco, hoje o comunismo é uma relíquia inofensiva, o radicalismo do Bloco uma esquerda “gourmet” cada vez mais seduzida pela social-democracia. O que é de facto perigoso é a vaga da extrema-direita que assola a Europa e que tanto cativa André Ventura. Mas até por isso há que ter  cuidado com as palavras e não pretender que só há amigos de tiranos e ditadores no Chega. Não tendo esse cuidado, Santos Silva dá armas ao adversário. Entrar na lógica de que o “nosso” extremista é melhor do que o extremista dos outros é meio caminho andado para que todos sejam iguais.

Editorial do Público, Manuel Carvalho

Essa Lembrança Que Nos Vem Às Vezes ...


Essa lembrança que nos vem às vezes ...
folha súbita 
que tomba
abrindo na memória a flor silenciosa
de mil e uma pétalas concêntricas...
Essa lembrança... mas de onde? de quem?
Essa lembrança talvez nem seja nossa,
mas de alguém que, pensando em nós, só possa
mandar um eco do seu pensamento
nessa mensagem pelos céus perdida...
Ai! Tão perdida
que nem se possa saber mais de quem!

(Mario Quitana )