quarta-feira, 3 de abril de 2024

Notícias Ao Fim Da Tarde

A Frase (75)

O país precisa de mudar, precisa de um choque de concorrência, de abertura, de mercado, de mérito, de eficiência, de criação de valor. A tese da abundância — de onde virá ela? — só serve para impedir o apoio social necessário à mudança, sem a qual estaremos condenados à pobreza. E por paradoxo que possa parecer, é mesmo um Governo com tudo a perder que pode arriscar fazer tudo para ganhar.     (António Costa, ECO)

Desta vez, o discurso que marcou a tomada de posse do novo Governo não foi o de Marcelo Rebelo de Sousa — como o foi há dois anos quando pré-anunciou a dissolução do Parlamento se António Costa saísse. Desta vez o discurso que marcou, e que ficará como guia de avaliação da legislatura foi mesmo o do primeiro-ministro Luís Montenegro. E isso é o que deve ser, o regresso a uma normalidade política num quadro de tanta anormalidade — sim, por causa de um partido que se chama Chega. (ler texto completo)

PS: Se Pedro Nuno Santos quer ser levado como político de Estado — como demonstrou na eleição de José Pedro Aguiar Branco –, não pode fazer números como fez ao não aparecer na tomada de posse de Luís Montenegro. Se quer ser levado a sério, não pode ser um bloquista com mais deputados.

A Humanidade Está Numa Encruzilhada

Vivemos, decididamente, numa era caracterizada pela transitoriedade dos interesses, pela inconsistência das causas que nos movem e por uma atenção que oscila e vacila, sem encontrar um ponto de fixação duradouro. ( Patrícia Akester, DN))

A invasão da Ucrânia, por exemplo, suscitou uma efusão global de empatia, participação e solidariedade, ilustrando o papel dos referidos ingredientes na determinação do grau de atenção emergente.  (...)

Importa sublinhar que esta faceta humana é nutrida e acentuada pelos media, uma vez que existe uma correlação directa entre a visibilidade mediática de desastres humanitários e a mobilização de recursos a eles destinados, quer provindos do público, quer sob a forma de acções institucionais. (...)

O desafio que se impõe é contrariar a corrente de desumanização que parece emanar deste ciclo, em que a profundidade, a substância e a constância são frequentemente sacrificadas no altar do imediatismo, da superficialidade e da transitoriedade. Como podemos, então, reverter esta tendência? (...)

Comecemos por reconhecer que somos seres em constante evolução, cabendo a cada um de nós a responsabilidade de transcender o que nos afasta de valores essenciais à nossa “humanidade”.

O conceito de “humanidade” visto como um potencial a ser atingido (e não como uma condição determinada por um contexto histórico específico), implicando um ideal de “ser” que, por sua vez, nos obriga a um “fazer”. Lembremos, por fim, que esse imperativo de “fazer” se apresenta como uma missão contínua no sentido de construção “da humanidade” e “de humanidade” - visando a bondade sem paradoxo ou, como bem disse o filósofo Gerard Legrand, “agir com humanidade”. . (ler texto completo) 

Falar Com Franqueza


Estai sempre dispostos a falar com franqueza e evitareis a companhia dos homens ruins.

(William Blake)