segunda-feira, 12 de maio de 2025

Notícias Ao Fim Da tarde


Saiba Como Vai A Campanha Eleitoral

O país necessita para a sua viabilidade do regresso da política e do regresso das políticas. Soluções estruturadas com vista a corrigir as debilidades da nação.

A campanha eleitoral em Portugal não é a democracia militante em movimento. Se a campanha eleitoral é a tradição degradante de uma caravana sem política, então que se acabe com a tradição que está a acabar com a política.

A campanha eleitoral é sinónimo de velhas tácticas, velhos vícios e novos riscos. Ninguém quer falar dos riscos porque o único risco que os políticos reconhecem é a derrota de não serem eleitos.  (...).

Em política é necessário seguir um povo para se poder liderar um país. Se tal não acontece abrem-se todos os instintos do grande impulso populista. A campanha eleitoral é um arraial triste que invade o país com cenas retiradas de um filme neo-realista com as legendas trocadas de uma comédia de maus costumes. (...)
(Carlos Marques de Ameida, ECO)

A Frase (120)

Três décadas volvidas, os comboios não são pontuais, suprimiu-se a paragem em Santos para os comboios rápidos, a CP não fornece transporte alternativo quando há greves, e não responde a reclamações.  (Paulo Trigo Pereira, OBSR)

A democracia pressupõe a existência de estabilidade política, condição necessária para que qualquer governo, seja qual for a orientação política, possa implementar o seu programa e ser avaliado ao final de quatro anos, de modo a ser reconduzido ou substituído pela oposição. Não é um ano de governo que mostra a capacidade ou inépcia de um governo. (...)

É interessante notar a contradição entre o que dizem os líderes dos partidos que poderiam assegurar essa estabilidade e a realidade. Pedro Nuno Santos diz que se ganhar, o seu governo será de diálogo e de estabilidade. Estabilidade como, com uma assembleia da república com uma maioria de direita que a qualquer momento poderá derrubar esse governo? Contudo, nada diz sobre o que fará se a AD ganhar as eleições, à exceção de que irá manter a comissão parlamentar de inquérito ao primeiro-ministro. (...)

Nada sabemos sobre o que os maiores partidos farão caso não ganhem as eleições. E do Chega, dada a volatilidade tática do seu líder, nada podemos esperar sobre estabilidade. Não admira que o Presidente da República tenha colocado agora a fasquia abaixo dos mínimos. Só dará posse a um governo se tiver a certeza que este seja viabilizado pelo parlamento.Aqui está onde chegámos. Não sabemos sequer quando iremos ter governo, muito menos se o primeiro ou o segundo orçamento passarão. Estamos mesmo abaixo dos serviços mínimos democráticos. (...)

A Realidade


Há pessoas que vêem as coisas como elas são e que perguntam a si mesmas: ''Porquê?''
e há pessoas que sonham as coisas como elas jamais foram
e que perguntam a si mesmas: ''Por que não?''.

(Shaw , Bernard)