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segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Notícias Ao Fim Da Tarde

A Frase (261)

Há um ambiente histérico e estranho em Portugal. De certo modo, o País está em roda livre, sem Governo, sem políticas, estagnado, com a tendência para preencher o vazio político com a luz do sol entre os escombros. Os portugueses entregues ao ofício de sobreviver assistem a uma sucessão incompreensível de casos e mais casos, episódicos, fúteis, ruidosos, vingativos. Livros, manifestações, declarações, ódios digitais, delírios mundiais, Portugal é a imagem de um País tosco num restaurante manhoso a salivar medo para os novos pratos do menu europeu no admirável mundo novo. Entramos no túnel do “realismo trágico”. Vamos começar pelos guerreiros ecológicos. Pelo megafone avisam a cidade sobre a ocupação e declaram a sociedade cercada por dentro. Protestam porque protestar é democrático(...)   (Carlos Marques de Almeida, ECO)

Romantismo


Quem tivesse um amor, nesta noite de lua,
para pensar um belo pensamento
e pousá-lo no vento!...

Quem tivesse um amor - longe, certo e impossível -
para se ver chorando, e gostar de chorar,
e adormecer de lágrimas e luar!

Quem tivesse um amor, e, entre o mar e as estrelas,
partisse por nuvens, dormente e acordado,
levitando apenas, pelo amor levado...

Quem tivesse um amor, sem dúvida nem mácula,
sem antes nem depois: verdade e alegoria...
Ah! Quem tivesse... (Mas quem tem? Quem teria?)

(Cecília Meireles)