quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Notícias Ao Fim Da Tarde

Reparar Lesões Na Medula Espinhal Ganha Nova Esperança Com Nanopartículas



Lesão na medula

Cientistas criaram um novo material que representa uma esperança para o tratamento da lesão medular, que hoje deixa os pacientes para ou tetra-plégicos.

"O distúrbio debilitante resulta em paralisia abaixo do nível da lesão. Como atualmente não há tratamento amplamente disponível, a pesquisa contínua nesse campo é crucial para encontrar um tratamento que melhore a qualidade de vida do paciente, com o campo de pesquisa voltado para a engenharia de tecidos para novas estratégias de tratamento," contou o professor Maurice Collins, da Universidade Limerick (Irlanda).

O novo biomaterial híbrido, produzido na forma de nanopartículas, juntamente com as técnicas já desenvolvidas no campo da engenharia de tecidos, permitiram promover o reparo e a regeneração após lesões na medula espinhal em animais de laboratório.

"O campo da engenharia de tecidos visa resolver o problema global de escassez de órgãos e tecidos doados, no qual emergiu uma nova tendência na forma de biomateriais [eletricamente] condutores. As células do corpo são afetadas pela estimulação elétrica, especialmente as células de natureza condutora como células cardíacas ou nervosas," explicou o professor Collins.

Reparo de lesões na medula espinhal ganha nova esperança com nanopartícula DS)
Reparo de lesões na medula espinhal ganha nova esperança com nanopartículas
O material foi projetado para ser inserido no local da lesão e servir de suporte para que os nervos cresçam novamente.
[Imagem: Aleksandra Serafin et al. - 10.1186/s40824-022-00310-5]

Lesão na medula

Cientistas criaram um novo material que representa uma esperança para o tratamento da lesão medular, que hoje deixa os pacientes para ou tetra-plégicos.

"O distúrbio debilitante resulta em paralisia abaixo do nível da lesão. Como atualmente não há tratamento amplamente disponível, a pesquisa contínua nesse campo é crucial para encontrar um tratamento que melhore a qualidade de vida do paciente, com o campo de pesquisa voltado para a engenharia de tecidos para novas estratégias de tratamento," afirmou o professor Maurice Collins, da Universidade Limerick (Irlanda).

O novo biomaterial híbrido, produzido na forma de nanopartículas, juntamente com as técnicas já desenvolvidas no campo da engenharia de tecidos, permitiram promover o reparo e a regeneração após lesões na medula espinhal em animais de laboratório.

"O campo da engenharia de tecidos visa resolver o problema global de escassez de órgãos e tecidos doados, no qual emergiu uma nova tendência na forma de biomateriais [eletricamente] condutores. As células do corpo são afetadas pela estimulação elétrica, especialmente as células de natureza condutora como células cardíacas ou nervosas," explicou o professor Collins.

Os animais de laboratório apresentaram excelente recuperação da lesão.[Imagem: Aleksandra Serafin et al. - 10.1186/s40824-022-00310-5]

Biomaterial condutor biocompatível

A base do novo material é o famoso polímero PEDOT:PSS, empregado em inúmeras pesquisas na área de saúde. Contudo, quando ele é implantado no corpo ele apresenta baixa biocompatibilidade, o que significa que ele pode gerar respostas imunológicas ou até mesmo ser tóxico.

Agora a equipe conseguiu desenvolver o componente PEDOT na forma de nanopartículas, que podem ser modificadas à vontade para alcançar a resposta celular desejada e aumentar a variabilidade de quais componentes de hidrogel podem ser incorporados. Isso dispensa o uso do componente PSS, que até agora era utilizado para tornar o material solúvel em água.

O biomaterial é chamado de híbrido porque contém ainda gelatina e o ácido hialurônico, que tem atividade imunomodulatória. O resultado é um aglomerado de nanopartículas biocompatíveis e eletricamente condutoras, que funcionam como suporte - ou andaime - para que as células da medula espinhal cresçam, restabelecendo o contato entre as extremidades lesionadas.

Testes em células cultivadas em laboratório e em lesões em ratos apresentaram excelente fixação e crescimento de células-tronco nos andaimes, disse a equipe.

"Os investigadores mostraram que o limiar de excitabilidade dos neurônios motores na extremidade distal de uma lesão na medula espinhal tende a ser maior. Um projeto futuro melhorará ainda mais o projeto do andaime e criará gradientes de condutividade no andaime, com a condutividade aumentando em direção à extremidade distal da lesão, para estimular ainda mais a regeneração dos neurônios," afirmou a investigadora Aleksandra Serafin, responsável pelo desenvolvimento do novo biomaterial.
Checagem com artigo científico:

Artigo: Electroconductive PEDOT nanoparticle integrated scaffolds for spinal cord tissue repair
Autores: Aleksandra Serafin, Mario Culebras Rubio, Marta Carsi, Pilar Ortiz-Serna, Maria J. Sanchis, Atul K. Garg, J. Miguel Oliveira, Jacob Koffler, Maurice N. Collins
Publicação: Biomaterials Research
Vol.: 26, Article number: 63
DOI: 10.1186/s40824-022-00310-5~
(via DS)

Alegria


A alegria do que nos alegrou dura pouco. A dor do que nos doeu dura muito mais.
Vê se consegues poupar a alegria e esbanjares o que te dói.
Vive aquela intensamente e moderadamente. E atira a outra ao caixote.
Talvez chegues a optimista profissional e tenhas uma bela carreira de político.

(Vergílio Ferreira)