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sexta-feira, 17 de abril de 2015

Mariano Gago (1948-2015)

Faleceu Mariano Gago vítima de cancro.

Foi Ministro da Ciência e da Tecnologia entre 1995 e 2002 . Em 2005 foi nomeado Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do XVII Governo Constitucional, cargo que manteve no XVIII Governo Constitucional. Licenciou-se em engenharia electrotécnica pelo Instituto Superior Técnico, em 1971 e doutorou-se em Física pela Faculdade de Ciências da Universidade de Paris, em 1976.

Foi bolseiro do Instituto de Alta Cultura, no Laboratório de Física Nuclear e de Altas Tecnologias da École Polytechnique, de 1971 a 1976, e na Organização Europeia de Pesquisa Nuclear, de 1976 a 1978. Foi ainda presidente da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica, entre 1986 e 1989. Liderou o Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas, em Lisboa, e foi professor catedrático do Instituto Superior Técnico.

Foi  um dos responsáveis pela criação da Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, gestora da rede de Centros Ciência Viva e publicou vários trabalhos como «Homens e Ofícios» (1978; 1982), "Manifesto para a Ciência em Portugal" (1990) e "O futuro da cultura científica" (1994) em que defendeu a ciência e a tecnologia como bases para o desenvolvimento humano, social e civilizacional.
Foi agraciado com o título de Comendador da Ordem de Sant’Iago da Espada, em 1992. (CM)

Passos Coelho Está-se Mesmo A "Lixar" Para As Eleições ...

Confirma-se: Pedro Passos Coelho está-se mesmo a “lixar” para as eleições. Se dúvidas havia, as grandes linhas da política orçamental que este Governo apresentou ontem aí estão para as afastar.(...)

Independentemente das medidas concretas que lá estão e do sentido que fazem, esta é uma abordagem eleitoral a que não estamos acostumados. A prática das últimas décadas sempre foi a do eleitoralismo descarado com o objectivo de caçar votos. Com a honrosa excepção do governo do Bloco Central liderado por Mário Soares em 1983-85 — que teve a inteligência de seguir a severa austeridade desenhada por Êrnani Lopes —, ano de eleições sempre foi sinónimo de regabofe orçamental acrescido, de medidas e promessas que só podiam ser pagas na magia das folhas de cálculo dos partidos e que foram cavando o buraco onde havíamos de mergulhar com estrondo.(...)

A reforma do Estado é um chavão tão gasto e tão adiado que já nem vale a pena falar dela. Mas agora é tão ou mais urgente do que era no passado.

Este é o quadro e é nele que as opções políticas terão de ser desenhadas. Alguém que venha falar de margem de manobra nas contas, folga orçamental ou sinónimos do género estará certamente a enganar os eleitores. Simplesmente porque eles não existem.

Agora Pense . Pense, e Pense.