António Mexia e João Manso Neto foram constituídos arguidos na sequência das buscas efectuadas esta sexta-feira às instalações da sede da EDP. O presidente executivo da EDP foi indiciado por corrupção na investigação do DCIAP sobre as compensações que a empresa negociou em 2007 com o Governo de José Sócrates.
A investigação estará relacionada com os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), uma compensação recebida pela EDP desde julho de 2007, devido à cessação antecipada de vários contratos de aquisição de energia (CAE) que a empresa tinha em cerca de três dezenas de centrais eléctricas. Fonte: Público
Macron quer mostrar, com as reformas propostas, que Paris está realmente comprometida no projeto europeu. Como é que o PS, o PCP e o BE vão lidar com este projeto europeu que vem do Eliseu?
No dia a seguir a tomar posse, Emmanuel Macron foi à Alemanha conversar com Angela Merkel. Na bagagem levou a sua proposta de refundação da Europa. Mas ao contrário de Hollande, que foi a Berlim de mãos vazias, o novo presidente francês propôs e ofereceu algo em troca. Que Europa quer Macron?
É no seu livro ‘Révolution’, publicado em Novembro último, que Macron explana a sua visão para a Europa. O plano apresentado a Merkel divide-se em três propostas.
Em primeiro lugar, que a Alemanha aligeire a política de austeridade orçamental.
A segunda consiste na implementação de um orçamento para a zona euro direccionado ao investimento público estratégico, e de apoio aos países cujas contas públicas coloquem em risco a estabilidade da zona euro. Este orçamento exigirá um ministro das Finanças que tutelará e fiscalizará os ministros das Finanças dos países da zona euro.
A terceira proposta de Macron à Alemanha é a moeda de troca. Ou seja, cada país da zona euro terá de implementar reformas estruturais para que possa beneficiar do novo orçamento europeu. Macron defende mesmo que o desacordo de um país não deve impedir que os restantes sigam em frente no projecto de integração europeia. Ou seja, dentro da zona da euro, e no que diz respeito às reformas estruturais e aos dinheiro do novo orçamento comunitário, podemos vir a ter uma Europa a duas, ou três velocidades. Algo que está em consonância com o que François Hollande propôs em Versalhes no dia 6 de Março, quando se encontrou com os líderes da Alemanha, Itália e Espanha.
Para dar o exemplo aos restantes países, como Portugal, Macron vai apresentar, até ao final de Setembro, um pacote de reformas estruturais que pretende levar a cabo durante o seu mandato (continuar a ler)