Vivemos uma revolução silenciosa que está a transformar a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos com o mundo: a revolução da Inteligência Artificial (IA). E esta transformação não é apenas inevitável — é já real. A questão que se coloca é: estaremos a preparar-nos com a rapidez e a visão que esta mudança exige? (Ana Jacinto, DN)Estudos recentes apontam que cerca de um terço das funções em Portugal poderá ser automatizado nos próximos anos. O impacto será também sentido em setores como o alojamento turístico e a restauração, que sendo atividades profundamente humanas, já integram soluções tecnológicas, como assistentes virtuais para reservas, sistemas inteligentes de gestão de stocks, menus digitais com recomendações personalizadas ou até robots de cozinha. Mas esta não é uma história de substituição. É, acima de tudo, uma história de transformação. (...)
O nível de digitalização de muitas empresas é preocupantemente baixo. Ainda existem estabelecimentos sem email, muitos processos em papel e empresários que não veem a formação como uma prioridade, porque também nunca foram capacitados para tal.
Mas a vontade de evoluir existe - desde que tenham meios, formatos flexíveis (como a formação híbrida) e apoio real no terreno. Formar não pode ser um luxo, tem de fazer parte da rotina.