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sábado, 14 de abril de 2018
EUA, Reino Unido E França Bombardeiam A Síria
Os EUA, o Reino Unido e a França fizeram um ataque à Síria numa ação militar conjunta para punir o regime de Bashar al-Assad depois do ataque de Douma, em que terão sido usadas armas químicas. Esse ataque, há uma semana, deixou pelo menos 75 mortos e fez mais de 500 feridos, muitos deles crianças. O bombardeamento da madrugada deste sábado durou apenas uma hora e visou três alvos precisos, segundo o Pentágono e o ministério da Defesa britânico. As justificações dos três líderes são semelhantes: Trump falou em “crimes de um monstro”, May numa situação de “puro horror” e Macron na “ultrapassagem de uma linha vermelha”.
James Mattis, secretário de Defesa dos EUA, afirmou que os bombardeamentos foram um “acto único”, com o objetivo de dissuadir Assad de voltar a usar armas químicas. Mas avisa que se no futuro o líder sírio recorrer outra vez a armas químicas, será alvo de mais operações militares.(continuar a ler)
Portugal "compreende as razões" do ataque lançado pelos "amigos"
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) refere ter-se tratado de "uma operação militar circunscrita, cujo objetivo foi infligir danos à estrutura de produção e distribuição de armas que são estritamente proibidas pelo direito internacional".
"Portugal compreende as razões e a oportunidade desta intervenção militar. O regime sírio deve assumir plenamente as suas responsabilidades. É inaceitável o recurso a meios e formas de guerra que a humanidade não pode tolerar", adianta o comunicado, sublinhando a "necessidade de evitar qualquer escalada no conflito sírio, que gere ainda mais insegurança, instabilidade e sofrimento na região".
Fala Também Tu
Fala também tu,
fala em último lugar,
diz a tua sentença.
Fala —
Mas não separes o Não do Sim.
Dá à tua sentença igualmente o sentido:
dá-lhe a sombra.
Dá-lhe sombra bastante,
dá-lhe tanta
quanta exista à tua volta repartida entre
a meia-noite e o meio-dia e a meia-noite.
Olha em redor:
como tudo revive à tua volta! —
Pela morte! Revive!
Fala verdade quem diz sombra.
Mas agora reduz o lugar onde te encontras:
Para onde agora, oh despido de sombra, para onde?
Sobe. Tacteia no ar.
Tornas-te cada vez mais delgado, irreconhecível, subtil!
Mais subtil: um fio,
por onde a estrela quer descer:
para em baixo nadar, em baixo,
onde pode ver-se a cintilar: na ondulação
das palavras errantes.
fala em último lugar,
diz a tua sentença.
Fala —
Mas não separes o Não do Sim.
Dá à tua sentença igualmente o sentido:
dá-lhe a sombra.
Dá-lhe sombra bastante,
dá-lhe tanta
quanta exista à tua volta repartida entre
a meia-noite e o meio-dia e a meia-noite.
Olha em redor:
como tudo revive à tua volta! —
Pela morte! Revive!
Fala verdade quem diz sombra.
Mas agora reduz o lugar onde te encontras:
Para onde agora, oh despido de sombra, para onde?
Sobe. Tacteia no ar.
Tornas-te cada vez mais delgado, irreconhecível, subtil!
Mais subtil: um fio,
por onde a estrela quer descer:
para em baixo nadar, em baixo,
onde pode ver-se a cintilar: na ondulação
das palavras errantes.
Paul Celan
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