Não Posso Adiar O Amor

Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas

Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio

Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o rneu amor
nem o meu grito de libertação

Não posso adiar o coração

António Ramos Rosa

António Ramos Rosa deixou-nos, a sua poesia fica.
E não se esqueçam nunca adiem o amor, o tempo é curto.

Contradições ...

Hoje é "um dia histórico", em que Portugal paga "5 mil milhões de euros" de dívida pública.
"Dia negro foi o de 17 de maio de 2011".
"Hoje baixa mais de 3% o rácio da dívida .
"Uma "viragem" na situação do país.
"Hoje baixa mais de 3% o rácio da dívida"
"Hoje Portugal confirma que teve a capacidade de ter as provisões financeiras necessárias, poupar para poder ter dinheiro para pagar aquilo que os outros deixaram".
"Estamos a pagar as dívidas. Esta é a sina do PSD e deste Governo, é pagar as dívidas que os outros nos deixaram". (Marco António)

O dia de hoje é um dia "negro" para Portugal.
"Não se verificou" o "regresso aos mercados" prometido para 23 de Setembro de 2013.(António José Seguro)

Então povo do meu País, não estais com a cabeça à roda ? - É o que temos. Para todos os gostos? Ou será para todo o nosso desgosto?

Entender Mais Pelo Sentir Do Que Pela Razão

Uma verdade só o é quando sentida - não quando apenas entendida. Ficamos gratos a quem no-la demonstra para nos justificarmos como humanos perante os outros homens e entre eles nós mesmos. Mas a força dessa verdade está na força irrecusável com que nos afirmamos quem somos antes de sabermos porquê. 

Da «discussão» quase nunca nasce a «luz», porque a luz que nascer é normalmente a de duas pedras que se chocam. Da discussão não nasce a luz, porque a luz a nascer seria a que iluminasse a obscuridade de nós, a profundeza das nossas sombras profundas.

Decerto uma ideia que nos semeiem pode germinar e por isso as ideias é necessário que no-las semeiem. Mas a sua fertilidade não está na nossa mão ou na estrita qualidade da ideia semeada, porque o que somos profundamente só se altera quando isso que somos o quer - e não quando nós o deliberamos. Assim nasce um desencontro quantas vezes entre a mecânica dos nossos raciocínios e a verdade que em nós já é morta.

Vergílio Ferreira

Eleições Alemãs ...

Merkel, ganhou sem maioria absoluta mas com 41,5% dos votos, pela lógica deverá discutir uma "grande coligação" com o SPD.

Cá ficamos à espera do desfecho.