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sábado, 4 de abril de 2009

Auto-estradas a Mais Conservação de Património a Menos



Controem-se auto-estradas a mais que são pouco utilizadas e deixa-se deteriorar património . Em Setúbal a  AE Suspende a actividade por dificuldade de financiamento o que implica a não manutenção do Moinho da maré da Mourisca , ficando agora entregue ao seu destino . 
mfm

A decisão de suspender a actividade da Esteiros por “tempo indeterminado” implica o encerramento e não manutenção do moinho de maré da Mourisca, sito na freguesia do Sado, património do Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (INCB), entidade também proprietária da herdade onde se localiza o histórico moinho.

Datado de 1601, este moinho de maré conheceu diversas recuperações ao longo dos tempos, mas em 1995 a Reserva Natural do Estuário do Sado (RNES) encetou uma profunda obra de melhoramentos, colocando esta peça da arqueologia industrial a funcionar e pronta a receber visitas de estudo .

(Jornal O Setubalense)


A Gralha



Em certa ocasião , uma gralha apanhou um pedaço de alimento abandonado com o seu bico e alçou voo. De repente , apercebeu-se de que um grande número de gralhas a seguiam com o propósito de lhe roubar o pedaço de carne . Sentiu-se gravemente ameaçada , tanto que temeu pela sua vida . O que fazer numa situação como aquela ? Largou o alimento e continuou a ascender . Então , à distância confundindo-se com a imensidão do firmamento , pôde ver como as gralhas se lançavam ao alimento , como disputavam , lutavam entre elas e encontravam a morte , precipitando depois os seus corpos no vazio . Entretanto , livre e feliz , a gralha partia para a liberdade total . 
(conto oriental antigo)

A maior parte das pessoas tem uma grande dificuldade : saber largar . Aprendemos a agarrar , até mesmo obsessivamente , mas não a largar , apesar do facto de termos de vir , num futuro , a largar o nosso corpo . O apego limita-nos , assassina a nossa essência e rouba-nos a liberdade interior . A via do apego é feia e mesquinha e deve ser contrabalançada com a do desapego e do desprendimento . Há que renunciar ao sentimento exacerbado de posse e praticar a saudável e louvável abnegação . O ego é possessivo e voraz ; o "eu verdadeiro" é como o espaço aberto , que não precisa de agarrar nem de ser agarrado .