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terça-feira, 11 de abril de 2017

Relatório Do Conselho Das Finanças Públicas (2016)


Relatório do conselho liderado por Teodora Cardoso sobre as contas públicas de 2016 revela: défice inferior ao esperado; dívida pública superior e investimento público mais baixo desde 1995.
Investimento caiu 1.170 milhões face a 2015  
Despesa aumenta por causa das reversões do Governo.
Receita abrandou.
Dívida Pública sobe.

O Relatório do Conselho das Finanças Públicas (CFP) hoje divulgado apresenta os desenvolvimentos orçamentais do sector das administrações públicas (AP) ao longo do ano de 2016 e uma análise comparativa dessa evolução face às metas fixadas pelo Ministério das Finanças (MF) para o défice e para a dívida pública. (continuar a ler)

Pois, é, Srª Drª. Teodora Cardoso, quem é arauto  de verdades inconvenientes para certas politiquices, mais cedo do que tarde acaba por 'levar'. - A ver vamos!

Esta É A Frase

«É praticamente unânime a convicção de que a integração europeia só muito dificilmente sobreviveria a um tiro certeiro no seu centro político. Com a última milha para percorrer, tudo parece ser ainda possível, incluindo o cenário fatal de uma vitória de Marine Le Pen, a candidata que promete tirar a França da Europa e do euro e que ontem voltou a tocar no tema proibido do destino dos judeus em França, durante a guerra. Muito mais do que o “Brexit”, seria um tsunami que deixaria pouca coisa de pé. Entretanto, os últimos dias baralharam ainda mais o jogo. A subida de Jean-Luc Mélenchon  apenas vem confirmar que os eleitores ainda não tomaram a sua decisão final. Mélenchon, um veterano da esquerda radical, promete a revisão dos tratados europeus e, no mínimo, pôr o Banco de França a imprimir euros. No máximo, a França deveria sair da moeda único, tal como da NATO. Nem é preciso dizer que uma solução à Syriza seria praticamente impensável.»

Teresa Sousa, Público 

Que Tempo É O Nosso ?

Há quem diga que é um tempo a que falta amor. Convenhamos que é, pelo menos, um tempo em que tudo o que era nobre foi degradado, convertido em mercadoria. A obsessão do lucro foi transformando o homem num objecto com preço marcado. Estrangeiro a si próprio, surdo ao apelo do sangue, asfixiando a alma por todos os meios ao seu alcance, o que vem à tona é o mais abominável dos simulacros.

Toda a arte moderna nos dá conta dessa catástrofe: o desencontro do homem com o homem. A sua grandeza reside nessa denúncia; a sua dignidade, em não pactuar com a mentira; a sua coragem, em arrancar máscaras e máscaras.

E poderia ser de outro modo? Num tempo em que todo o pensamento dogmático é mais do que suspeito, em que todas as morais se esbarrondam por alheias à «sabedoria» do corpo, em que o privilégio de uns poucos é utilizado implacavelmente para transformar o indivíduo em «cadáver adiado que procria», como poderia a arte deixar de reflectir uma tal situação, se cada palavra, cada ritmo, cada cor, onde espírito e sangue ardem no mesmo fogo, estão arraigados no próprio cerne da vida?

Desamparado até à medula, afogado nas águas difíceis da sua contradição, morrendo à míngua de autenticidade - eis o homem!

Eugénio de Andrade