
O Vaticano assume que é a credibilidade moral da igreja que está em causa. A confirmar-se, a convocação de um sínodo poderá ser a forma da sempre secreta igreja tentar ultrapassar ao mais alto nível a crise que afecta o pontificado. (ler)
A propósito, lembro a minha bisavó, que recordo com muita saudade e muita pena de ter partido quando eu tinha oito anos, porque muito teria aprendido com ela. Dizia que nunca se confessara, nem confessaria a um padre, porque os padres eram homens como nós, era com Deus que todas as noites 'falava' e que pensava no que de bom ou menos bom tinha acontecido nesse dia. Era a Deus que pedia perdão do que se arrependia, era a Deus que depois rezava.
Era mãe do meu avô materno, mas tinha duas filhas de um segundo casamento. Uma era adventista, outra era católica. Então quando lhe perguntávamos de que lado estava, respondia que estava com as duas. Por vezes acompanhava uma ou a outra filha aos templos que frequentavam, porque segundo dizia quer num lado quer no outro ouvia 'boas' palavras e ajudavam os pobres, portanto não via porque não assistir aos ofícios - Deus há só um, mas padres, pastores, e outros celebrantes são homens, com os seus defeitos e virtudes - dizia.
Pois, digo eu, diferente são as Instituições (não sei se lhes posso chamar assim), que deviam velar pelo cumprimento das respectivas doutrinas. Estamos num momento da nossa história em que parece que tudo está a ser derrubado. Mas, talvez não seja bem assim, mas antes a visibilidade que a globalização hoje nos trás rapidamente de tudo o que se passa no mundo.

