terça-feira, 27 de maio de 2025

Notícias Ao Fim Da Tarde

A Propósito Dos Gastos Feitos Anualmente Na “Limpeza De Erva”,


“O dinheiro que podíamos investir na floresta, na gestão e na condução da floresta, como deve ser, estamos a investir na limpeza da erva todos os anos. Portanto, isto não é uma solução, é um recurso, mas não é uma solução até porque está mais do que provado, até pelas diferentes comissões que estudaram o assunto quando houve os grandes incêndios, que nada disso pararia os incêndios que ocorreram”, afirmou o presidente da ANEFA.

Pedro Serra Ramos defendeu, em declarações à Lusa, que “está na altura de rever a legislação”, embora seja preciso esperar pelo novo Governo para que isso aconteça.

“Este ano, ainda por cima, é um ano em que, como choveu muito, há muita erva. Se entretanto começar a aquecer muito toda ela vai secar e, portanto, andamos sempre a gastar dinheiro”, apontou.

Além das dificuldades dos proprietários na contratação de empresas para a limpeza, PSR admitiu que houve “um aumento geral de tudo”, da mão-de-obra aos custos de equipamentos, e, “por isso, os preços têm que subir” e “não há outra maneira de o fazer”.

O diretor-geral da Florecha, Rui Igreja, notou que, além das dificuldades de trabalhadores, “os equipamentos também não são infindáveis”, para a quantidade de trabalho, e o aumento do ordenado mínimo contribui para aumentar os custos, naturalmente refletidos nos clientes.

Fonte oficial do Ministério da Agricultura e Pescas referiu que o gabinete do secretário de Estado das Florestas, Rui Ladeira, está a acompanhar com elementos do setor a situação, mas para já, após a prorrogação do prazo do fim de abril para 31 de maio, não há decisão quanto a novo prolongamento, até por duas semanas de calor bastarem para a vegetação secar.

Fonte: Greensavers

A Frase (133)

Vivemos uma era de simulacros, em que verdades fabricadas ocupam o espaço dos fatos e as narrativas substituem a realidade. O divórcio entre o que acontece e o que se propaga tornou-se estrutural. Numa sociedade movida a cliques, algoritmos e polarização, a informação deixou de ser um bem público para se tornar arma ideológica.     (Marcus Vinícius De Freitas, J Económico)
  
As redes sociais agravaram esse cenário. Cada indivíduo tornou-se um emissor de “verdades” subjetivas, e a própria ideia de fato passou a ser questionada. A democracia sofre quando as decisões políticas se baseiam em percepções distorcidas. A guerra da informação já não distingue entre ignorância deliberada e manipulação estratégica.

Este artigo pode parecer geopolítico. Mas o custo da manipulação é devastador na economia. Precisamos de uma imprensa responsável, de leitores críticos, de líderes que resistam à tentação de fabricar consensos artificiais. É preciso, agora mais do que nunca, reaprender a difícil arte de encarar os fatos – ainda que desconfortáveis.

Aprender A Ceder

 

Aos sonhos, como aos pesadelos, chega sempre a hora de acordar. É essencial compreender a realidade, viver de olhos abertos, acolher a simplicidade da vida antes de querer resolver a complexidade do mundo.

Cada um de nós tem o seu lugar no mundo, talvez a ninguém caiba o do centro. Nas nossas relações com o mundo, com os outros e connosco, é mais sábio aceitar do que impor, admirar do que exibir, amar do que procurar ser amado.

Viver é aprender a ceder. A libertarmo-nos de nós mesmos. Só o nosso espírito nos pode soltar porque só ele nos aprisiona. Ser autenticamente feliz depende de uma transformação na forma de olharmos o mundo, aceitando-o sem grandes condições e agindo sem precipitações. Cedendo.

A humildade e a simplicidade são formas de ser, não de parecer.

Um erro comum é querer ser tudo já. Nunca nada chega... e são tantas vezes as saudades a revelarem-nos o verdadeiro valor dos instantes vividos mas já passados. As pressas atropelam o tempo.

Importa não cair na tentação de querer ser senhor do próprio futuro... e aprender a confiar mais. Cedendo espaço à esperança.

(José Luís Nunes Martins)