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sábado, 12 de setembro de 2009

Manuela Ferreira Leite VS José Sócrates




O debate foi esclarecedor nos temas debatidos , pena foi que outras temáticas como Justiça, Agricultura , Segurança tenham sido omitidos.

Sócrates - Começou nervoso, utilizou o palavreado do costume, o auto-elogio, a propaganda habitual e a promessa da continuar a mesma política. Nada de novo , a não ser que se ganhar as eleições os ministros serão todos substituídos. Serão?!

MFL - Não é uma oradora, é directa não utiliza tácticas pré-programadas e estudadas por um staff bem montado, é mais realista e cautelosa.

Sócrates - Utilizou a técnica habitual de 'atacar' como se fosse a oposição e não governo, argumentou com posições tomadas anteriores por MFL baseado-se no trabalho de casa preparado pelo staff que tem à disposição e que compila tudo o que foi dito ou escrito de há vários anos para cá, tentou destabilizar e confundir a adversária.

MFL- Poderia ter estado mais ao 'ataque' . Com um adversário como Sócrates poderia não ser tão 'respeitadora' dos tempos e das perguntas podendo ter introduzido temas mais fracturantes.
Sabe o que quer para o país tem ojectivos bem definidos. Passa uma imagem mais credível comparativamente a quem não nos merece confiança alguma.

Sócrates - Os argumentos falaciosos e cheios de 'manha' já não convencem ninguém .

MFL - O conhecimento do país REAL , a firmeza das convicções a lucidez como contraponto à teimosia quase despótica centrada numa fixidez egocêntrica .


Dinheiro Ajuda Mas Não Compra Felicidade


A redução da pobreza é uma das maiores preocupações quando se planeiam acções que se transformarão em programas de âmbito nacional ou internacional. Até hoje, o foco desses programas tem sido tirar as pessoas da pobreza aumentando seu poder de compra. Isto baseia-se no pressuposto de que uma renda mais elevada traduz-se num maior bem-estar.

O professor Rojas contesta esse pressuposto e argumenta que medidas de satisfação com a vida também devem ser levadas em conta quando se elabora ou se avalia os resultados desses programas.

Além de questões sobre a renda familiar e a independência financeira da família, o pesquisador afirma ser necessário incluir questões subjectivas sobre a qualidade de vida em geral, como a satisfação pessoal em relação à saúde, ao emprego, às relações familiares, aos amigos e até consigo mesmo, bem como avaliações sobre o ambiente comunitário no qual a pessoa está inserida.

A maioria das pessoas pesquisadas ( a pesquisa foi feita na Costa Rica) avaliou as suas vidas como satisfatórias ou como não-satisfatórias. Nem todas as pessoas que eram consideradas pobres devido a factores económicos relataram estar infelizes com a própria vida, e nem todas as pessoas acima da linha de pobreza afirmaram estar felizes com a própria vida.

O professor Rojas observou que apenas 24% das pessoas classificadas como pobres avaliaram a própria vida como pouca satisfatória. Além disso, 18% das pessoas na categoria "não-pobres" relataram estarem pouco satisfeitas com a própria vida.

Desta forma, torna-se claro que unicamente a pobreza não define o bem-estar geral de um indivíduo e que é possível que alguns que superaram a linha da pobreza se sintam insatisfeitos com a própria vida.

Por outro lado, uma pessoa pode estar feliz com a sua vida mesmo que a sua renda seja baixa, na medida em que esteja satisfeita noutras áreas da vida, como família, saúde, emprego e consigo própria.

O professor Rojas argumenta que os programas sociais precisam reconhecer que o bem-estar depende da satisfação em muitos domínios da vida, e que muitas qualidades e atributos precisam ser levados em conta na elaboração desses programas, incluindo lazer, educação, a comunidade e a capacidade de se tornar um consumidor responsável, aprendendo a gastar sabiamente o aumento da renda .

"Esta pesquisa mostrou que superar a linha da pobreza pode ter pouco efeito sobre a satisfação com a vida. A renda não é um fim, mas um meio para atingir um fim. Há um grande risco de negligenciar e subestimar a importância dos factores capazes de incrementar o bem-estar quando se olha unicamente para a renda. É importante pensar em como tirar as pessoas da pobreza, mas é ainda mais importante preocupar-se ao mesmo tempo com as necessidades adicionais que as pessoas precisam para levar uma vida mais satisfatória," conclui o pesquisador.

Fonte: Diário da Saúde


Maior Número de Deputados Pode Não Ser do Partido Mais Votado

As sondagens recentes mostram o alto grau de disputa e imprevisibilidade das eleições de 27 de Setembro. Uma extrapolação dessas previsões, feita para o PÚBLICO pelo politólogo José António Bourdain, revela que esse cenário é possível.

Como? Devido ao sistema de representação proporcional, há sempre votos nos círculos eleitorais (distritos) que não chegam para eleger deputados. Quanto mais votos sobrarem, maior a possibilidade de um partido ter mais votos mas menos deputados.

Segundo a fórmula de José Bourdain, esse cenário é possível a partir dos resultados da Eurosondagem desta semana. Os 33,6 por cento do PS podem fazer eleger 88 deputados, enquanto os 32,5 do PSD podem resultar em 89 mandatos. Neste caso, que partido deve o Presidente da República convidar a formar governo? O partido mais votado, como diz a Constituição? Ou o que tem maioria no Parlamento, uma vez que os eleitores elegem directamente deputados e não o primeiro-ministro? O tempo o dirá.

Público

A Luta de Egos



Os discípulos de Buda eram insultados e humilhados verbalmente com frequência pelas gentes que, avessas, queriam feri-los por não concordarem com os seus ensinamentos. O próprio Buda, por vezes, era muito mal recebido em cidades e aldeias e tinha de suportar o desprezo, as injúrias e os insultos. Certo dia, um grupo de fanáticos religiosos chegaram até ele e começaram a repreendê-lo, acusando-o de não ter qualquer conhecimento válido, e começaram a fazer troça dos seus ensinamentos. Buda não se alterou minimamente. Mas alguns discípulos, perante tamanha injustiça, dispuseram-se a replicar. Buda pedi-lhes que se acalmassem e disse-lhes:
- Deixem esses rufiões em paz! Não se perturbem e não se preocupem por mim. Saberei, meus caros discípulos, que o mundo discute comigo, mas eu não discuto como mundo.

Quanta energia é gasta em discussões inúteis! quanta ansiedade e quanta hostilidade nasce desse tipo de polémicas banais que se transformam numa luta entre vários egos! A comunicação fecunda aprazível é muito diferente da das discussões insubstanciais, onde cada ego tenta teimosamente convencer o outro ego da «sua verdade».

RC