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terça-feira, 4 de maio de 2010

Das Incógnitas ao Incógnito ...


O PSD acusou terça-feira o Governo de agravar a «perigosidade financeira que caracteriza a situação nacional» ao insistir no avanço das grandes obras públicas, e insistiu na suspensão imediata de todos os grandes investimentos anunciados-

Todas? Mesmo todas? Não? Então quais? - Até agora não sabemos. Não dizem? - ou nunca pensaram nisso?

«O PSD mantém uma enorme reserva acerca da forma como o Governo está a conduzir o país neste especial momento de dificuldade das finanças públicas nacionais». E...? Sugestões? -Nada

Os sociais democratas vão «propor novas medidas para o equilíbrio das finanças públicas». Vão? Então PPC não afirmou estar pronto para governar no dia seguinte a ser eleito? Logo a seguir, que ia apresentar propostas (não tinha que fazê-lo), e todas as semanas continuam a dizer que as vão propor e - Zero.

Questionado sobre em que ponto está o acompanhamento conjunto pelo primeiro ministro e pelo presidente do PSD da situação financeira do país prometido na semana passada, se os dois têm encontros previstos ou se têm mantido conversações, Miguel Relvas respondeu: «Não temos encontros previstos». Pois, foi mais um número, desta vez encenado para as agências. Durou uma semana. Devem pensar que os outros andam a dormir...

Definitivamente, tudo isto é triste, ou será Fado?

Orelhas Moucas


Portugal voltou ao 8º lugar do TOP mundial do risco de bancarrota. Está, de novo, acima de 23% de probabilidade de default (incumprimento da dívida), depois de ter fechado ontem nos 21% e em 9º lugar. Subiu de novo acima dos 300 pontos base em termos de custo dos famosos cds - credit default swaps -, seguros contra o risco de incumprimento das obrigações da divida soberana. Fonte: Expresso

Vários alertas foram feitos nos últimos anos sobre o perigo do endividamento externo. Portugal não gera poupança interna suficiente e, por isso, é obrigado a recorrer ao exterior para alimentar Estado, empresas e famílias. Esse é, aliás, um dos pontos em que a situação portuguesa é pior do que a grega, embora, considerando apenas as contas públicas, a Grécia esteja em maiores dificuldades.

Aos vários alertas o Governo responde com mais gastos e a faz orelhas moucas a todos os avisos. Mas, não está só, neste funeral leva muitos acompanhantes - pena que mais cedo ou mais tarde não seja só esta gente a pagar os erros da Governança .

Venezuela Não Paga E Devolve


O negócio patrocinado por Sócrates e 'abençoado' pelo grande amigo venezuelano foi entre a empresa portuguesa Sovena e a venezuelana Bariven . A SOVENA limita-se a afirmar que este prosseguirá desde que o processo seja concluído, alegando faltar ainda um documento essencial. A verdade, que a SOVENA oficia e diplomaticamente não admite, é que não terá sequer recebido pelo óleo que exportou e que teve de o mandar devolver para, transformando-o a suas expensas, em biodiesel, minorar o prejuízo que o negócio lhe causou.

O negócio fazia parte dos vários acordos que José Sócrates estabeleceu com a Venezuela. Um deles era relativo a bens alimentares. Portugal exportaria para o país de Hugo Chávez esparguete, leite e óleo de soja, em troca do petróleo que a Venezuela lhe vende. (ler) - FLOP FLOP FLOP FLOP

Os Mesmos Erros

«Mesmo um exame superficial da história revela que nós, seres humanos, temos uma triste tendência para cometer os mesmos erros repetidas vezes. Temos medo dos desconhecidos ou de qualquer pessoa que seja um pouco diferente de nós. Quando ficamos assustados, começamos a ser agressivos para as pessoas que nos rodeiam. Temos botões de fácil acesso que, quando carregamos neles, libertam emoções poderosas. Podemos ser manipulados até extremos de insensatez por políticos espertos. Dêem-nos o tipo de chefe certo e, tal como o mais sugestionável paciente do terapeuta pela hipnose, faremos de bom grado quase tudo o que ele quer - mesmo coisas que sabemos serem erradas. »

Carl Sagan,"O Mundo Infestado de Demónios"