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sábado, 16 de janeiro de 2021

Covid-19: Situação Em Portugal Hoje Sábado


  • 539.416 infetados (+10.947)  
  • 8.709 mortes 
  • + 8.477 recuperaram
  • 128.165 casos ativos (mais 2.304) 
  • 4.653 hospitalizados (mais 93 que no dia anterior)
  •  638 pessoas em UCI (+18)
  •  155.401 pessoas  sob vigilância ativa (mais 12.661)

Vítimas mortais

  • Lisboa e Vale do Tejo 69 vítimas mortais
  • região norte (46)
  • região centro (28)
  • Alentejo (17)
  • Algarve (5) 
  • Madeira (1).

Número de infecções por Zonas: 

  • Norte 252.760 casos acumulados (+ 3.795)
  • Lisboa e Vale do Tejo, com 179.873 casos (3.795)
  • Centro, com 71.489 casos (mais 2136 em relação ao dia anterior)
  •  Alentejo, com 17.812 casos (mais 510) 
  • Algarve, com 12.112 infectados (mais 402).
  • Açores regista um total de 2881 casos de infecção (mais 50) 
  • Madeira contabiliza 2489 casos (mais 79).
Notas: 

Um Esboço De Confinamento Que Não É Confinamento Nenhum.

 O confinamento do faz-de-conta: O Governo está a falhar na sua missão de mobilizar os portugueses e as excepções ao confinamento foram talvez demasiado alargadas para que as pessoas percebam a gravidade da situação.

Em vez do novo normal do primeiro período de confinamento pressentiu-se um novo novo normal – 0 da indiferença e do relativismo. Um esboço de confinamento que não é confinamento nenhum.  


O Governo, acossado pelas dúvidas sobre a sua capacidade de antecipação ou pelo relaxamento do
Natal,
 tem hoje menos credibilidade para mobilizar os portugueses. O Presidente, influenciado pelo contexto da campanha, deixou de ser tão interveniente e assertivo. O medo deixou de ter o seu poder dissuasor, apesar de hoje o número de contágios e de mortos ser dramático. O cansaço e a impaciência relativizam a forma como se encara a ameaça.


 Resta a insistência na mensagem – mobilizando médicos e especialistas, que poderão dizer o que se passa nos hospitais ou insistir nas conclusões da ciência sobre as virtudes de um confinamento; e envolvendo o Governo, a Presidência e os partidos para se empenharem em mensagens capazes de comprometer e sensibilizar os cidadãos. Quanto mais tarde se iniciar esta tarefa, pior. A continuar assim, este confinamento do faz-de-conta está condenado a fracassar.


(excertos do Editorial de Manuel Carvalho, Público)

Viver Deveria Ser Uma Permanente Reinvenção De Nós Mesmos


 Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos — para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos.

Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido.
Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo.
Apalpar, no nevoeiro de quem somos, algo que pareça uma essência: isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu queria ser, acredito ser, quero me tornar ou já fui. Muita inquietação por baixo das águas do cotidiano. Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: "Parar pra pensar, nem pensar!"


(Lya Luft)