- Detetado paciente infetado com coronavírus durante 49 dias. Investigadores alertam para mutação do vírus
- Covid-19. Curva a descer, mas mais mortes: o estado do surto em Portugal, em gráficos e mapas
- Governo aprova renovação do estado de emergência por mais 15 dias pedida por Marcelo
- DGS pondera alargar o uso de máscara a mais grupos da população
- Governo prepara solução de aulas pela televisão para todos os níveis educativos
- Reino Unido. 563 pessoas morreram infetadas com covid-19 nas últimas 24 horas
- Ventura contra libertação de violadores, pedófilos e traficantes de droga
- Não, a pandemia não é boa para o ambiente. Mas pode deixar pistas para um futuro sustentável
- África está "a duas ou três semanas" de uma situação semelhante à da Itália ou Espanha
- Médicos dizem que sistema que regista casos de Covid-19 tem muitas falhas. "É um pesadelo burocrático."
Pesquisar neste blogue
quarta-feira, 1 de abril de 2020
Notícias A Fim Da Tarde
Covid-19 : Situação Em Portugal Hoje Quarta-feira
Os dados divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS) indicam a existência de 8.251 casos confirmados e 187 mortes. O número de casos recuperados em Portugal continua fixado em 43.
Portugal conta com um total de 8.251 casos positivos, mais 808 face ao dia de ontem, segundo o canal de televisão RTP que cita o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde, esta quarta-feira, 1 de abril. Este novo valor de infetados significa um aumento de 10,9% face ao dia anterior, representando uma diminuição. O número de vítimas mortais do novo coronavírus no país aumentou para 187, mais 27 mortes nas últimas 24 horas.
O boletim epidemiológico divulgado esta manhã indica que, até à data, foram registados 59.457 casos suspeitos e 4.957 pessoas ainda aguardam os resultados das análises laboratoriais de Covid-19. Atualmente existem 46.249 casos não confirmados após as análises, e 20.275 encontram-se sob vigilância.
Com um total de 187 vítimas mortais a registar, mais 27 do que até ontem, com 95 registadas a norte, 52 no centro, 38 em Lisboa e Vale do Tejo e dois no Algarve. Até à data continuam sem existir óbitos no Alentejo, Açores e Madeira.
Portugal Vai Viver Uma Situação Semelhante À De Espanha E À De Itália ?
Portugal vai viver uma situação semelhante à de Espanha e Itália, é a convicção de Jorge Buescu. Ao Observador, o físico e matemático explica como faz as contas e reafirma a importância dos testes.

Se testamos apenas as pessoas que vão ter ao hospital porque já se estão a sentir mal é como se estivéssemos a ver a ponta do iceberg. Toda a parte grande está submersa. Os 6.400 casos que sabemos hoje que temos correspondem a uma ponta do iceberg.
A Solução?
Nesta fase, será difícil. Não se podem fazer testes às cegas, tem de ser com muito critério. A OMS recomenda, por exemplo, que um critério que se deve seguir é: assim que se deteta um infetado, vai-se localizar e testar todas as pessoas com quem ele esteve em contacto nas últimas 48 horas. Porquê? Se ele está infetado, nas últimas 48 horas andou a propagar a doença. Os sul-coreanos fizeram isso extraordinariamente. Foi o único país que conseguiu dominar uma fase avançada da epidemia só com testes. Num regime absolutamente férreo, mas conseguiram fazer isso. Foi extraordinário.
Tem sido feito o suficiente ou é preciso agravá-las já nesta quarta-feira?
A minha opinião é que as medidas são demasiado brandas. Se houve coisa que tenhamos aprendido com a experiência dos outros parceiros foi que para os que andaram com medidas gradualistas as coisas fugiram completamente ao controlo. Com esta quarentena à portuguesa, em português suave, nós corremos um risco muito grande. Ontem estive a ler um artigo de Sydney, e os australianos estão preocupadíssimos, porque isto está a chegar lá agora. E uma conclusão que me impressionou imenso, uma coisa que eu tinha estimado nas costas de um envelope e eles ali fizeram mesmo cálculos, foi que a eficácia das medidas não é proporcional à intensidade das medidas. Isto é, se tivermos distanciamento social razoável, se as pessoas respeitarem 70% ou menos, aquilo tem um efeito quase nulo. Não é proporcional, 70% ou nada é quase a mesma coisa. Depois, de repente, dá um salto grande e quando o distanciamento social é acima de 80%, já tem um efeito enorme. Nós não sabemos neste momento se as nossas medidas foram o suficiente para estar acima ou abaixo dos 80%. E eu aqui, com toda a franqueza, gostaria de errar para o lado da prudência e gostaria de ter medidas bastante mais restritivas. (leia aqui texto completo)

Se testamos apenas as pessoas que vão ter ao hospital porque já se estão a sentir mal é como se estivéssemos a ver a ponta do iceberg. Toda a parte grande está submersa. Os 6.400 casos que sabemos hoje que temos correspondem a uma ponta do iceberg.
A Solução?
Nesta fase, será difícil. Não se podem fazer testes às cegas, tem de ser com muito critério. A OMS recomenda, por exemplo, que um critério que se deve seguir é: assim que se deteta um infetado, vai-se localizar e testar todas as pessoas com quem ele esteve em contacto nas últimas 48 horas. Porquê? Se ele está infetado, nas últimas 48 horas andou a propagar a doença. Os sul-coreanos fizeram isso extraordinariamente. Foi o único país que conseguiu dominar uma fase avançada da epidemia só com testes. Num regime absolutamente férreo, mas conseguiram fazer isso. Foi extraordinário.
Tem sido feito o suficiente ou é preciso agravá-las já nesta quarta-feira?
A minha opinião é que as medidas são demasiado brandas. Se houve coisa que tenhamos aprendido com a experiência dos outros parceiros foi que para os que andaram com medidas gradualistas as coisas fugiram completamente ao controlo. Com esta quarentena à portuguesa, em português suave, nós corremos um risco muito grande. Ontem estive a ler um artigo de Sydney, e os australianos estão preocupadíssimos, porque isto está a chegar lá agora. E uma conclusão que me impressionou imenso, uma coisa que eu tinha estimado nas costas de um envelope e eles ali fizeram mesmo cálculos, foi que a eficácia das medidas não é proporcional à intensidade das medidas. Isto é, se tivermos distanciamento social razoável, se as pessoas respeitarem 70% ou menos, aquilo tem um efeito quase nulo. Não é proporcional, 70% ou nada é quase a mesma coisa. Depois, de repente, dá um salto grande e quando o distanciamento social é acima de 80%, já tem um efeito enorme. Nós não sabemos neste momento se as nossas medidas foram o suficiente para estar acima ou abaixo dos 80%. E eu aqui, com toda a franqueza, gostaria de errar para o lado da prudência e gostaria de ter medidas bastante mais restritivas. (leia aqui texto completo)
Jornada Engraçada
(Clavio Jacinto)
Subscrever:
Comentários (Atom)


