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terça-feira, 18 de abril de 2017

Teodora Cardoso: É Preciso "Muito Maior Detalhe E Precisão", Em Matéria De Impostos "Portugal Não Tem Dado Um Bom Exemplo"

Teodora Cardoso, que está hoje a ser ouvida na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa sobre o Programa de Estabilidade 2017-2021, afirmou que o documento “tem alguns aspectos que precisam de ser desenvolvidos e nalguns casos não estão mesmo contemplados”.

É preciso haver "muito maior detalhe e precisão" em matéria de impostos e Portugal "não tem dado um bom exemplo" na adopção de uma política fiscal amiga do crescimento, considera presidente do Conselho de Finanças Públicas.

O primeiro exemplo que deu foi “o problema da fiscalidade”, considerando que o relatório do Ministério das Finanças “refere como objectivo a queda do peso da fiscalidade”, o que disse ser “perfeitamente razoável”, mas sublinhou que este objectivo “depende apenas do crescimento da economia e da composição desse crescimento”.
“Não faz a verdadeira relação entre o que é a política fiscal e o crescimento da economia. A política fiscal pode ser mais ou menos favorável ao crescimento e Portugal não tem dado um bom exemplo em matéria de política fiscal favorável ao crescimento”, reiterou a presidente do Conselho de Finanças Públicas (CFP).
A presidente do CFP defendeu que “é necessário haver muito maior detalhe e precisão quanto ao que se entende por política fiscal com quebra de peso da fiscalidade que consiga ser compatível com o crescimento económico que está previsto”.

Esta É A Frase

Porque cresce o mal nas nossas sociedades mediatizadas e desenvolvidas? Terá sido sempre assim? Será sina da Humanidade retrogradar com denodo e frequência de tempos de liberdade, responsabilidade e democracia, da polis ateniense para as ditaduras europeias, da Alemanha da segurança social para a Alemanha de Eichmann (para me ficar por Arendt), da paz perpétua kantiana para a ameaça pós-moderna – e pós-verdade – dos populismos contemporâneos?
É normal falar-se da banalidade do mal.
Mas não é a banalidade do Mal que nos deve preocupar, é antes a sua banalização.
Fonte:'A dor' de Paulo de Almeida Sande, OBSR 

Entre O Luar E A Folhagem


Entre o luar e a folhagem, 

Entre o sossego e o arvoredo, 
Entre o ser noite e haver aragem 
Passa um segredo. 
Segue-o minha alma na passagem. 

Tênue lembrança ou saudade, 
Princípio ou fim do que não foi, 
Não tem lugar, não tem verdade. 
Atrai e dói. 

Segue-o meu ser em liberdade. 

Vazio encanto ébrio de si, 
Tristeza ou alegria o traz? 
O que sou dele a quem sorri? 
Nada é nem faz. 
Só de segui-lo me perdi. 

Fernando Pessoa