segunda-feira, 30 de junho de 2025

Notícias Ao Fim Da Tarde


A Frase (160)

A questão, (...) não é se precisamos de mais pessoas. É, antes, se queremos continuar a precisar. O caminho sustentável para Portugal passa, inevitavelmente, por investir na qualificação do tecido empresarial, na inovação tecnológica e na capacidade de criar mais valor com menos recursos. Se é viável em países pequenos e altamente desenvolvidos, é viável também em Portugal.    (José Mendes, DN)

Não devemos, pois, aceitar como destino o que pode e deve ser uma escolha.

A questão, portanto, não é se precisamos de mais pessoas. É, antes, se queremos continuar a precisar. O caminho sustentável para Portugal passa, inevitavelmente, por investir na qualificação do tecido empresarial, na inovação tecnológica e na capacidade de criar mais valor com menos recursos. Se é viável em países pequenos e altamente desenvolvidos, é viável também em Portugal.

Futuro ...


“Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja,
não passa de uma selva. É por isso que toda a criação autêntica é um dom para o futuro.”

(Albert Camus)

domingo, 29 de junho de 2025

Notícias Ao Fim Da Tarde

A Frase (159)

 A crise atual resolve-se com mais consciência. Não com mais ruído e combate, mas com mais escuta. É preciso construir rituais, vínculos e linguagem.  (Duarte Afonso Silva, OBSR)

Só assim se poderá restaurar a confiança numa sociedade justa, plural, inclusiva e verdadeiramente livre.

A humanidade é feita de ciclos – ouve-se por aí – mas nem essa ideia parece acalmar a inquietação que nos assola quando atentamos o mundo (e o país) que nos rodeia. O contexto, na minha opinião, emerge como fracionado, quiçá decadente, em colapso.

Há, na minha perspetiva, quatro traços que caracterizam o cenário em que vivemos: a incapacidade de resposta e organização por parte do poder e dos intelectuais; o atentado aos diretos humanos e, paradoxalmente, o seu uso como escudo; a incoerência como palco social; e a transformação profunda do paradigma comunicacional.

Podemos dizer que a paz social está agora podre. Para muitos, só há paz se houver conflito. A adrenalina do combate substitui o diálogo, e o herói que vence não é um justiceiro ético, mas um falso justiceiro – eficaz na comunicação, hábil na manipulação, idolatrado pelas massas que veem nele um eco do seu ressentimento.

Acredito que só um esforço coletivo e criador, comprometido com a cultura, a verdade e o bem comum, poderá construir um novo horizonte. Precisamos de um grupo de humanos preparados, que assumam a liderança, não pela força, mas pelo exemplo.     (texto na integra, aqui) 

No Azul Sou Barco


Sem medida de espaço
No azul sou barco.
Revelo o traço
Faço aguadas aquarelas
Misturando cores.
E a vida se faz.
A poesia modela minha alma.
Essencial ter paz.
Sem sentir o tempo passar,
Com a luz perfeita,
Na profundeza do olhar
Vai nascendo arte.
Não desejo a nada dominar
Vou seguindo a intuição.
Que me domine
A vontade de estar
Aqui, agora, ser o que sinto ser
Neste instante presente.

(Lucília Dowslley)

sábado, 28 de junho de 2025

Notícias Ao Fim Da Tarde

Frase (158)

Há políticos assim: consideram que o maior valor do governo é fazer, fazer depressa, decidir, decidir já, não se arrastar em discussões, estudos e preparação. “Nós fazemos”, “somos fazedores”, gostam de dizer. E comparam-se, não com quem prepara bem as decisões, mas com quem nada faz e se perde em conversas intermináveis.   (António Barreto, Público)

O que facilita, evidentemente. Comparar com quem faz pouco e mal tem o condão de encandear os pobres de espírito. Com esta tosca inspiração, o novo governo começou a fazer. Entre as primeiras decisões anunciadas, contam-se medidas relativas à defesa, à imigração e à nacionalidade ou naturalização. Preparadas a correr, mal elaboradas e preocupadas com a aparência. 

Ser Sensível Ou Sensato ...


 “Ser sensível é uma coisa e sensato é outra. Uma tem a ver com a alma, a outra com a razão.”

(Diderot)

sexta-feira, 27 de junho de 2025

Notícias Ao Fim Da Tarde

A Reforma Do Estado É O Alfa E O Ómega Desta Legislatura

Como fica demonstrado pela catástrofe no Humberto Delgado, muitas vezes os nossos problemas estão na administração pública e não no governo.

As máquinas estão inoperacionais, o servidor que junta a informação não serve para a função (foi preciso encomendar um novo) e entretanto quem chega a Portugal é confrontado com a obrigação de passar pelos guichês da PSP, compreensivelmente sem agentes suficientes. Não há dúvida: a responsabilidade é do SSI. Não é da ANA, que tem de gerir um aeroporto esgotado (obrigado, António Costa pelo hábito de empurrar os assuntos com a barriga).

 E a responsabilidade também não é do Governo, que foi apanhado em cheio pela incúria do Serviço de Segurança Interna.

Os governos têm certamente responsabilidades em diferentes áreas e isso deve ser-lhes cobrado, mas este hábito nacional de fazermos dos ministros os responsáveis por tudo-tudo é um jogo de soma nula. Como fica demonstrado pela catástrofe no Humberto Delgado, muitas vezes os nossos problemas estão na administração pública e não no governo. A falta de investimento justifica parte dos erros, sim, mas não é certamente o caso das máquinas para leitura de passaportes, e há muitas outras situações assim: sobra a impreparação e até a incompetência.

A reforma do Estado é, por isso, o alfa e o ómega desta legislatura. É preciso gerir melhor, ter mais competência e até pagar melhor. Quando a oposição se põe ao berros contra um ministro – ontem foi a da Saúde – confirma a falta de vontade de mudar a forma de fazer política. É tudo muito básico. A única coisa que interessa é o poder e a forma de o obter – o resto é supérfluo.  

(excertos do texto de André Macedo, JEconómico)

Passado Não É Cronologia


 O passado é um labirinto e estamos nele, um passado não tem cronologia senão para os outros, os que lhe são estranhos. Mas o nosso passado somos nós integrados nele ou ele em nós. Não há nele antes e depois, mas o mais perto e o mais longe. E o mais perto e o mais longe não se lê no calendário, mas dentro de nós.

                                                                        (Vergílio Ferreira)

quinta-feira, 26 de junho de 2025

Notícias Ao Fim Da Tarde

O Conceito De Liderança Empática

As organizações já não são estruturas estáticas, mas sim sistemas vivos, que desafiam não apenas o modelo e cultura organizacional “tradicionais”, mas também o próprio “cerne” da liderança.

Se no passado as teorias do “Grande Líder” assumiam que liderar implicava ter “controlo” sobre todas as respostas e conhecimentos, hoje a incerteza própria de um ecossistema laboral caracterizado por revoluções tecnológicas, modelos híbridos de trabalho e a integração de um conjunto de valores culturais e de sociedade em constante evolução, requerem que o processo de liderança reflita um equilíbrio entre a lógica e a emoção.

É com base nesta premissa que surge o conceito de Liderança Empática, alicerçada na Inteligência Emocional (IE), que convida os líderes a “ouvir” não apenas os dados e indicadores financeiros, mas também as emoções e expectativas humanas.

A ligação entre a estratégia e a componente humana coloca as relações e conexões pessoais no centro do processo de liderança, criando a expetativa de que os líderes de hoje sejam mentores que agem com integridade e paixão para inspirar os outros a alcançar resultados sem comprometer a viabilidade e saúde mental das suas equipas.

Posto isto, deverão os líderes cultivar uma maior IE? Sem dúvida, mas não de forma isolada. A IE deve ser parte de um conjunto mais amplo de competências a que os líderes devem almejar num processo de liderança inserida num pensamento sistémico.

Ao reconhecer as organizações de hoje como sistemas complexos, teorias como a Liderança na Complexidade assumem essa liderança como um processo dinâmico que emerge das interações que vão ocorrendo dentro do sistema. Liderar neste contexto exige estabelecer uma visão e uma adaptabilidade que implicam, muitas vezes, abdicar do controlo.

Neste âmbito, a empatia torna-se uma ferramenta essencial, permitindo aos líderes captar tensões, fomentar a colaboração e responder a padrões evolutivos, ao invés de lhes resistirem.

Esta teoria realça ainda a importância do equilíbrio entre intenção estratégica e adaptação emergente, promovendo uma liderança, tanto distribuída quanto contextual.

Tal equilíbrio deve também ser cultivado a nível individual, através de uma liderança equilibradamente empática, pois um excesso de empatia por parte do líder pode levar ao seu burnout ou a momentos de indecisão. A chave da liderança passa, assim, por saber interpretar o contexto e identificar quando devemos liderar pela emoção, pela racionalidade, ou por uma integração de ambas.

Num mundo onde os sistemas são imprevisíveis e as pessoas são o verdadeiro motor das organizações, a humanização da liderança é a única via sustentável. Os líderes do futuro não terão de ser apenas bons estrategas, mas também grandes intérpretes da condição humana e das relações sistémicas que dela advêm.

Paulo Leitão,
Diretor de Recrutamento e Seleção Especializado do Clan. Este artigo foi publicado na edição nº 30 da revista Líder

Talento Ou Génio ?


Talento é quando um atirador atinge o alvo que os outros não conseguem. 
Génio é quando um atirador atinge o alvo que os outros não veem.

(Schopenhauer) 

quarta-feira, 25 de junho de 2025

Notícias Ao Fim Da Tarde