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segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Notícias Ao Fim Da Tarde

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Foi Há 101 Anos Que ...

... Que morreram impérios, nasceram países, ressuscitaram nações
O sultão otomano foi deposto, o czar russo executado, o Kaiser teve de se exilar, tal como o último imperador Habsburgo, Carlos I, que morreu na Madeira. A Primeira Guerra Mundial fez desaparecer impérios e mudou o mapa da Europa e do Médio Oriente de forma radical, mas nem todas as fronteiras sobreviveram até agora. Faz hoje 101 anos que as novas fronteiras vieram substituir as antigas.
Leonídio Paulo Ferreira; DN
Desapareceu o Império Otomano, desapareceu o Império Russo, desapareceu o Império Austro-Húngaro, desapareceu o Império Alemão. Se alguma coisa a Grande Guerra de 1914-1918 foi, foi um cemitério de impérios, além de de gentes, pois morreram 15 a 19 milhões, entre militares e civis. E, embora sujas de sangue, nas terras antes governadas pelos descendentes de Osman (ou Otmão), pelos Romanov, pelos Habsburgo e pelos Hollenzollern nasceram novíssimos países, como a Checoslováquia, ou ressurgiram outros muito antigos, como a Polónia.
O abalo geopolítico foi tal que se no início do conflito só havia três repúblicas na Europa (quatro, contando com São Marino), quando as armas se calaram esse número estava prestes a ser triplicado, pois da Finlândia à Áustria vários povos escolheram essa forma de Estado, renunciando às cabeças coroadas. E mesmo no Médio Oriente, no coração do que durante seis séculos fora o Império Otomano, emergiu a República da Turquia.
Não se pense, porém, que foi no dia a seguir ao Armistício de 11 de novembro de 1918faz hoje 101 anos, que as novas fronteiras vieram substituir as antigas, como se fosse um passe de mágica. Houve, claro, acordos assinados, mas também acordos desrespeitados, negociações secretas, promessas impossíveis de cumprir, alguns ultimatos e sobretudo muitas pequenas guerras que se seguiram à Grande Guerra, décadas mais tarde rebatizada de Primeira Guerra Mundial até porque houve a partir de 1939 uma Segunda Guerra Mundial (a expressão, porém, chegou a ser usada logo em 1914, não pegando porque se preferiu chamar, e proclamar que aquela seria, a Guerra para Acabar com Todas as Guerras). (saiba mais aqui)

As Perigosas Derivas Das Histerias

Em democracia, as partes, todas as partes, perfazem o todo, havendo regras para que a fluidez das dinâmicas, das decisões e das participações possibilitem um quadro plural de afirmação das diferenças.

Em democracia não há pais ou mães do sistema, há os cidadãos que contribuíram ao longo do tempo para consolidar o sistema democrático e evitar as derivas e os riscos de distorção dos seus pilares. No pluralismo há de tudo, até a aselhice dos democratas que, em funções relevantes, são incapazes de constatar o que estão a deixar construir, em prejuízo da democracia.

Há hoje uma gritante histeria com os partidos pequenos, em especial com alguns dos que elegeram para a Assembleia da República, como se não tivessem sido a expressão de eleitores que em sufrágio universal exerceram o seu direito de voto e fizeram as suas opções em função das realidades e das perceções.

 Já o tenho dito e reafirmo: a histeria com os pequenos, vertida em expressão mediática ou em esboços de bloqueios políticos, produz o efeito contrário ao pretendido. Os altos berros, meio histéricos, meio transtornados, fortalecem quem assenta o seu posicionamento nos despojos gerados pelos protagonistas do sistema político e nos nichos que, tendo sido residuais, assumem crescente relevância. Fingir que não há um problema de predisposição para o populismo e para derivas radicais de direita nas forças de segurança, assente no desgaste do prestígio e da autoridade, nas circunstâncias operacionais miseráveis e numa perceção de abandono pelos poderes, o político e o judicial, é inaceitável. Não fazer tudo para reduzir o espaço de afirmação dessas derivas é irresponsabilidade pura, num dos pressupostos da vida em comunidade, a segurança.

Não deixar que os novos pequenos intervenham no debate quinzenal por razões burocráticas é uma irresponsabilidade grave, uma gritante violação da Constituição da República, um desprezo por parte do universo de eleitores votantes e mais uma causa para alimentar várias consequências.

É revoltante tanta irresponsabilidade, sectarismo e incompetência. Anos e anos de exercício político e há quem ainda não tenha compreendido que não se atacam discriminações, preconceitos e predisposições negativas apenas por decreto.

(excertos do artigo de António Galamba, Ji
Ler aqui o artigo completo

Os Erros


A confusão a fraude os erros cometidos
A transparência perdida — o grito
Que não conseguiu atravessar o opaco
O limiar e o linear perdidos



Deverá tudo passar a ser passado
Como projecto falhado e abandonado
Como papel que se atira ao cesto
Como abismo fracasso não esperança
Ou poderemos enfrentar e superar
Recomeçar a partir da página em branco
Como escrita de poema obstinado?

Sophhia de Mello Breyner Andresen