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sábado, 16 de dezembro de 2017
Pelo Andar Da Carruagem Da Oposição O Governo Pode Estar Tranquilo ...
Tempos houve em que o PSD estava entregue à bicharada. Esses tempos acabaram: com Rio e Santana, os portugueses confrontam-se com dois exemplares de coragem (Rio) e equilíbrio (Santana) que a telenovela dos debates só confirma. Rio começou por fugir a eles, mostrando ao País a sua lendária fama de combatente e democrata. Depois, quando finalmente percebeu que há coisas piores do que debater com Santana, foi o próprio Santana a mostrar recusa: um canal de cabo não é palco apropriado para semelhante vulto do pensamento e da acção.
Enquanto isto decorre, parece que há um escândalo raríssimo a gangrenar na praça pública – e com novas mentiras todos os dias. Mas o dr. António Costa tem ‘total confiança’ no ministro Vieira da Silva; e este, para não fugir ao tom, confessa-se ‘completamente tranquilo’.
Não duvido. Com a oposição a fazer estas figuras, quem não estaria tranquilo?
João Pereira Coutinho, CM
Chove. Chove. Há Silêncio ...
Não faz ruído senão com sossego.
Chove. O céu dorme. Quando a alma é viúva
Do que não sabe, o sentimento é cego.
Chove. Meu ser (quem sou) renego…
Tão calma é a chuva que se solta no ar
(Nem parece de nuvens) que parece
Que não é chuva, mas um sussurrar
Que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece.
Chove. Chove. Há silêncio, porque a mesma chuva
Nada apetece…
Não paira vento, não há céu que eu sinta.
Chove longínqua e indistintamente,
Como uma coisa certa que nos minta,
Como um grande desejo que nos mente.
Chove. Nada em mim sente…
Fernando Pessoa
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