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sexta-feira, 25 de setembro de 2020
Notícias Ao Fim Da Tarde (act.)
Covid-19: Situação Em Portugal Hoje Sexta-feira
- 72.055 casos confirmados (+ 899 face ao dia anterior)
- 1.936 vítimas mortais (+ 5 vítimas mortais nas últimas 24 horas)
- 624 internados
- 86 estão em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI)
- 47.003 casos recuperados em Portugal (+327 do que os registados ontem)
Actualmente existem:
- 25.869 casos registados no Norte (mais 263)
- 5.885 no Centro (mais 52)
- 36.904 em Lisboa e Vale do Tejo (mais 505)
- 1.513 no Algarve (mais 47)
- 261 casos na Região Autónoma dos Açores (mais dois)
- 211 na Região Autónoma da Madeira
- 1.412 casos no Alentejo (mais 30).
- 878 registam-se no Norte,
- 259 no Centro
- 742 em Lisboa e Vale do Tejo
- 19 no Algarve
- 15 nos Açores
- 23 no Alentejo
- Não se regista nenhuma morte por Covid-19 na Madeira.
O grupo etário com o maior número de casos verifica-se entre os 30 e 39 anos, com 5.627 homens e 6.228 mulheres, num total de 11.855 casos. O maior número de óbitos regista-se acima dos 80 anos, com 571 homens e 721 mulheres, num total de 1.292 mortes.
Belém e São Bento, Fazem Parte Do Problema Da Falência Do Regime.
Já é tempo de dizer, sem medo das palavras, que, no combate à corrupção, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa não existe; que o primeiro-ministro António Costa faz figura de corpo presente.
A Operação Lex é a ultima prova da grave doença que afeta a democracia portuguesa. Com esta investigação, a corrupção deixou de ser um exclusivo dos meios empresariais, da banca, dos partidos, do poder local, do funcionalismo público, da política, das seitas, da polícia, da investigação.
A corrupção chegou ao interior da Justiça.
Agora também já temos juízes suspeitos de venderem sentenças num tribunal superior!
Ninguém pode ter dúvidas de que Portugal tem vivido anos terríveis; anos da mais absoluta dissolução no que diz respeito a valores, a caráter, a honestidade. Neste domínio, não há inocentes. O que aconteceu, o que provavelmente continua a acontecer na nossa vida pública, até à próxima investigação, ao próximo escândalo, é um libelo contra toda a sociedade portuguesa.
2. Esta interminável onda de horrores deteve um primeiro-ministro, atingiu alguns ministros, abalou famílias políticas, levou a economia ainda mais para baixo do que era devido pelas crises, roubou poupanças a muitos cidadãos, mas também colocou a nossa vida pública num patamar de fingimento notável.
É absolutamente espantoso.
Atores políticos, e a maioria dos sociais, agem como se estivéssemos a viver uma época normal. Calam-se. Assobiam. Seguem. Estarão, até, a discutir um qualquer plano nacional de combate à chaga.
A única mensagem, subliminar ou explícita, é a de que tudo isto constitui uma prova de vida da democracia. Nela, tudo se investiga, tudo se condena, tudo se regenera.
Acredite quem quiser.
3. As meias verdades, o sentimento de aceitação que normaliza a anormalidade, é um dos principais motivos pelos quais Portugal brevemente terá um partido como o Chega com alargada representação parlamentar, provavelmente indispensável a qualquer solução de governo ‘geringonça’ no centro-direita.
A próxima campanha eleitoral para a Presidência da República seria terrível sem o contributo de Ana Gomes, cuja disponibilidade pessoal reduz o campo de intervenção de todo o radicalismo associado ao nojo que esta realidade felizmente ainda convoca.
4. Já é tempo de dizer, sem medo das palavras, que, no combate à corrupção, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa não existe; que o primeiro-ministro António Costa faz figura de corpo presente e se demite quando lhe ouvimos, repetida, a mesma banalidade ou hipocrisia: “à política o que é da política, à Justiça o que é da Justiça”. É este statu quo que permite a existência da ignóbil realidade.
Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, refugiados na pandemia e na crise económica, absorvidos pelo “plano” (o dinheiro que aí vem da Europa será a fonte dos novos perigos…), arranjaram um álibi, que a eles lhes parecerá perfeito, para não liderarem um efetivo combate à degeneração moral do país que lhes deveria exigir muito mais do que o dever de reserva.
Tantos anos, tantos processos mediáticos, e Marcelo Rebelo de Sousa nunca achou oportuno uma qualquer intervenção especial que tornasse evidente que também ele vive torturado por esta realidade que aprisionou Portugal.
Não é compreensível.
Já não me parece sequer exagero ou injusto dizer que ambas as instituições, Belém e São Bento, fazem parte do problema da falência do regime. É a partir da inação de ambas que cresce o desalento e a ideia de ser necessária uma nova República que ponha cobro ao saque.
Não é exagero, é o que faz o desespero.
Texto de João Marcelino, JEconómico
Para Viver De Verdade
Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança.
Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.
Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.
E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer.



