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quinta-feira, 23 de dezembro de 2021
Notícias Ao Fim Da Tarde
Os Dias Parecem Mais Curtos? Pois, É Que A Terra Está A Girar Mais Rápido Agora Do Que Há 50 Anos
As mudanças de apenas um segundo podem ter um grande impacto na indústria das telecomunicações e na bolsa de valores
A Terra está agora a girar mais rápido do que há 50 anos e, apesar da diferença ser minúscula, isso está a dar dores de cabeça aos físicos, aos programadores informáticos e até aos corretores das bolsas, escreve a Discover.
Estas ligeiras mudanças não são de agora. há centenas de milhões de anos, a Terra demorava 420 rotações — ou seja, dias — para completar uma órbita ao Sol. Os dias foram crescendo ao longo do tempo, em parte devido à influência da Lua nos nossos oceanos e desde que a Humanidade existe, que as 24 horas diárias se mantiveram consistentes, equivalendo às 365 rotações por cada volta ao Sol.
Mas com os avanços nos instrumentos de observação da rotação da Terra e da medição do tempo, os cientistas perceberam que existem pequenas alterações no tempo que demoramos a completar uma rotação.
Na década de 50, os cientistas desenvolveram relógios atómicos que medem o tempo com base na queda de alta energia dos eletrões de átomos de césio até ao seu estado normal.
Visto que o movimento dos relógios atómicos é gerado por este comportamento atómico que não se altera, não são afectados por mudanças externas, como as mudanças na temperatura, da mesma forma que os relógios normais são. Ao longo dos anos, os infalíveis relógios atómicos estavam a afastar-se ligeiramente do tempo marcado pelos relógios comuns.
“Com o avanço do tempo, há uma divergência gradual entre o tempo dos relógios atómicos e o tempo medido pela astronomia, isto é, pela posição da Terra ou da Lua e das estrelas”, revela o físico do tempo Judah Levine.
Ou seja, um ano registado pelos relógios atómicos era um pouco mais rápido do que o mesmo ano calculado com base no movimento da Terra e, para se evitar que essa divergência crescesse em demasia com as irregularidades da rotação do planeta, em 1972 passou-se a adicionar segundos de salto periodicamente aos relógios atómicos, algo que agora se repetiu algumas vezes.
“A rotação da Terra é um assunto complicado. Tem a ver com a troca de impulso angular entre a Terra e a atmosfera e os efeitos do oceano e o efeito da Lua. Não conseguimos prever o que vai acontecer num futuro longínquo“, explica Levine, que sublinha que a previsão inicial era até de que a Terra se tornaria mais lenta.
A continuação desta tendência pode trazer muitos problemas e exigir que os cientistas tenham de criar um segundo de salto negativo, ou seja, em vez de se dar mais um segundo no relógio para que a Terra consiga acompanhar, pode ser preciso remover um segundo da escala do relógio para que volte a haver congruência.
Mas esta alteração pode causar muitos desafios nas telecomunicações ou nos sistemas de navegação, já que os computadores não estão preparados para lidarem com estes saltos e porque a “espinha dorsal da internet é de que o tempo é contínuo”. Na bolsa também há problemas, visto que cada transação tem de ter uma hora específica e não pode haver a repetição do segundo na hora 23:59:59.
No geral, estas mudanças podem dar mais trabalho do que valem a pena e podemos demorar um século até haver uma diferença entre de um minuto entre o tempo verdadeiro e aquele que é registado pelos relógios atómicos.
A Terra está agora a girar mais rápido do que há 50 anos e, apesar da diferença ser minúscula, isso está a dar dores de cabeça aos físicos, aos programadores informáticos e até aos corretores das bolsas, escreve a Discover.
Estas ligeiras mudanças não são de agora. há centenas de milhões de anos, a Terra demorava 420 rotações — ou seja, dias — para completar uma órbita ao Sol. Os dias foram crescendo ao longo do tempo, em parte devido à influência da Lua nos nossos oceanos e desde que a Humanidade existe, que as 24 horas diárias se mantiveram consistentes, equivalendo às 365 rotações por cada volta ao Sol.
Mas com os avanços nos instrumentos de observação da rotação da Terra e da medição do tempo, os cientistas perceberam que existem pequenas alterações no tempo que demoramos a completar uma rotação.
Na década de 50, os cientistas desenvolveram relógios atómicos que medem o tempo com base na queda de alta energia dos eletrões de átomos de césio até ao seu estado normal.
Visto que o movimento dos relógios atómicos é gerado por este comportamento atómico que não se altera, não são afectados por mudanças externas, como as mudanças na temperatura, da mesma forma que os relógios normais são. Ao longo dos anos, os infalíveis relógios atómicos estavam a afastar-se ligeiramente do tempo marcado pelos relógios comuns.
“Com o avanço do tempo, há uma divergência gradual entre o tempo dos relógios atómicos e o tempo medido pela astronomia, isto é, pela posição da Terra ou da Lua e das estrelas”, revela o físico do tempo Judah Levine.
Ou seja, um ano registado pelos relógios atómicos era um pouco mais rápido do que o mesmo ano calculado com base no movimento da Terra e, para se evitar que essa divergência crescesse em demasia com as irregularidades da rotação do planeta, em 1972 passou-se a adicionar segundos de salto periodicamente aos relógios atómicos, algo que agora se repetiu algumas vezes.
“A rotação da Terra é um assunto complicado. Tem a ver com a troca de impulso angular entre a Terra e a atmosfera e os efeitos do oceano e o efeito da Lua. Não conseguimos prever o que vai acontecer num futuro longínquo“, explica Levine, que sublinha que a previsão inicial era até de que a Terra se tornaria mais lenta.
A continuação desta tendência pode trazer muitos problemas e exigir que os cientistas tenham de criar um segundo de salto negativo, ou seja, em vez de se dar mais um segundo no relógio para que a Terra consiga acompanhar, pode ser preciso remover um segundo da escala do relógio para que volte a haver congruência.
Mas esta alteração pode causar muitos desafios nas telecomunicações ou nos sistemas de navegação, já que os computadores não estão preparados para lidarem com estes saltos e porque a “espinha dorsal da internet é de que o tempo é contínuo”. Na bolsa também há problemas, visto que cada transação tem de ter uma hora específica e não pode haver a repetição do segundo na hora 23:59:59.
No geral, estas mudanças podem dar mais trabalho do que valem a pena e podemos demorar um século até haver uma diferença entre de um minuto entre o tempo verdadeiro e aquele que é registado pelos relógios atómicos.
(ZAP)
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