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terça-feira, 26 de abril de 2016

Défice Aumenta Face A 2015 ...

... 108 milhões

O défice orçamental português no primeiro trimestre fixou-se nos 824 milhões de euros, refere uma nota do Ministério das Finanças. Esse valor representa um agravamento de 108 milhões face ao mesmo período de 2015.

A degradação do saldo das Administrações Públicas veio de um crescimento de 0,2% da receita e de 0,8% da despesa. Segundo o Governo, este segundo movimento deveu-se ao "pagamento, pela primeira vez em 2016, de juros referentes à emissão de obrigações de Fevereiro de 2015", acrescentando que a despesa primária caiu 206 milhões.

Quanto à receita, registou-se um aumento das contribuições sociais em paralelo com uma diminuição da receita fiscal. Quanto ao segundo indicador, o Ministério das Finanças aponta que ele está influenciado pelos reembolsos. ( notícia em actualização)

O "Essencial" Neste Momento ...

"Unamo-nos no essencial", pediu o presidente. Mas enquanto a nossa respiração financeira depender da máquina europeia, estaremos “unidos no essencial”: a austeridade.

É esse, talvez, o “essencial”: neste momento, Portugal não tem meios, nem para ser liberal, nem para ser socialista. Os liberais não podem cortar impostos a fim de libertar os cidadãos dos constrangimentos fiscais, nem os socialistas podem “investir” a fim de acumular recursos no Estado. No Portugal de hoje, qualquer arrebatamento liberal ou qualquer obstinação socialista gerariam imediatamente um défice orçamental que seria impossível de financiar nos mercados internacionais. Por isso, vimos, entre 2011 e 2015, um governo acusado de “liberal” a proceder a um “enorme aumento de impostos”, e vemos agora outro governo, orgulhoso do seu “socialismo”, a preparar discretamente “cativações” para o que der e vier. Enquanto a nossa respiração financeira depender da máquina europeia, estaremos todos muito “unidos no essencial”: a austeridade.

Excertos do artigo de Rui Ramos, Observador  

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Francis Ponge