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quarta-feira, 30 de julho de 2025

Notícias Ao Fim Da Tarde

A Frase (179)

A espiral tecnológica ecoa cada vez mais à nossa volta, mas ainda há em nós um grito de revolta consciente, incómodo e cheio de perguntas por responder, onde ainda pode renascer um novo contrato social. Um contrato que não abdique da justiça, da proximidade e da responsabilidade, acreditando que o futuro caótico ainda pode ser governado em democracia. 
(Luís Vidigal, DN)

Mas este destino não é inevitável. Ainda podemos escolher o que fazer com o futuro. O Estado pode reinventar-se, para ser menos burocrático, mais relacional, menos opaco, mais distribuído, menos centralizador e mais atento às novas territorialidades digitais. Os serviços públicos não precisam ser vítimas da inovação, podem ser o seu laboratório ético. Um espaço onde a tecnologia esteja ao serviço da dignidade e não da eficiência cega.

A política, se quiser sobreviver, terá de recuperar a sua dimensão fundadora, voltando a ser o lugar onde decidimos juntos o que queremos ser. Com coragem para dizer que há fronteiras que os algoritmos não devem cruzar, que há decisões que só podem ser humanas e que governar o caos é possível, se não o aceitarmos como destino natural.   

A Pedra


O distraído tropeçou nela. O violento projetou-a. O empreendedor construiu com ela. 
O homem do campo cansado, usou-a como assento. As crianças brincaram com ela. 
Drummond poetizou-a. David usou-a para matar Golias. 
Miguel Ângelo fez com ela as mais belas esculturas. Em todos os exemplos 
a diferença não estava na pedra, mas sim no tipo de homem! 
Não existe pedra no teu caminho que não possas usar para teu próprio benefício.