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sexta-feira, 27 de maio de 2016

Há Três Verbos Que Definem A Acção Do Governo Nestes Seis Meses De Vida ...

 ... REVOGAR, DEMITIR E NOMEAR

Os três andam juntos e justificam-se uns aos outros em nome da alteração das políticas. Raramente um Governo terá feito de forma tão sistemática, em tão pouco tempo, tantas alterações de dirigentes de organismos públicos, interrompendo mandatos e substituindo anteriores responsáveis, independentemente do seu desempenho, por outros novos nomeados com o exclusivo critério da confiança política. Para usar uma expressão introduzida pelo primeiro-ministro, parece que as vacas voadoras tomaram o freio nos dentes e se transformaram em "drones", que voam sobre o Estado português, ocupando posições estratégicas na economia, na saúde, na segurança social, em todo o lado onde surja um pretexto para encaixar alguém sintonizado. As vacas voadoras deixaram de ser figura de retórica e são quem assumidamente reboca a geringonça. Aquilo a que assistimos é à tomada do aparelho de Estado por um partido, sem olhar a meios nem a competências. Aos poucos, o Estado perde credibilidade e a célebre frase de Guterres, "no jobs for the boys", parece mais uma vez uma anedota de péssimo gosto. Há quem diga, elogiando, que António Costa reintroduziu a política na acção do Estado; creio que o que fez foi reintroduzir a politiquice e o aparelhismo, as duas degenerações políticas senis da partidocracia.

Manuel Falcão, A esquina do Rio, Negócios

Como Pode Isto Acabar Bem? - Esta É A Frase ...

António Costa passou a ter como missão convencer investidores privados e parceiros europeus, tendo ao seu lado os mais verbosos inimigos do capital privado e da integração europeia. Ora, ninguém imagina crescimento em Portugal sem investimento, e ninguém imagina investimento sem a confiança da Europa.

Rui Ramos, OBSR  

Cada Vez Mais Indiferentes

Ficaremos cada vez mais indiferentes quando alcançarmos um conhecimento suficiente da superficialidade e da futilidade dos pensamentos, da limitação dos conceitos, da pequenez dos sentimentos, da absurdez das opiniões e do número de erros na maioria das cabeças.

Schopenhauer