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sábado, 15 de agosto de 2020
Notícias Ao Fim Do Dia
Covid-19: Situação Hoje Sábado
- 53.981 casos confirmados (+198 pessoas infetadas nas últimas 24 horas)
- 1.775 vítimas mortais (+ três mortes do que ontem)
- 1.263 pessoas que aguardam o resultado laboratorial
- 39.585 recuperadas (+ 209 do que no dia anterior).
- 320 doentes internados
- 37 encontram-se em unidades de cuidados intensivos (UCI).
Na conferência de imprensa desta sexta-feira, a ministra da Saúde referiu que Portugal está, neste momento, numa situação “controlada” e de “estabilidade” da doença. Questionada sobre se o Governo poderá seguir o exemplo de Espanha e proibir a população de fumar na rua se a distância de segurança (2 metros) não for respeitada, Marta Temido adiantou que a hipótese, por enquanto não está em cima da mesa. “Neste momento, não estamos a pensar adotar uma medida semelhante”, disse aos jornalistas.
O Impacto Da Covid-19 No SNS
Nos últimos meses, os profissionais de saúde – em tempos heróis com honras de palmas às janelas – transformaram-se no depósito da frustração de utentes desesperados pelas falhas no acesso a cuidados de saúde. Passaram de bestiais a bestas. Precisamos de perceber o motivo desta viragem: um SNS já de si deficiente, que ficou Covid-19 dependente.
Ao contemplar diariamente as filas à porta dos serviços, o barulho incessante dos telefones, a azáfama de registos redundantes e de tarefas obtusas e a redução do horário de algumas unidades de saúde por falta de profissionais, é fácil perceber que algo vai mal.
João Júlio Cerqueira e Nuno Silva , OBSR
A questão de fundo mais relevante que podemos colocar, neste momento, é “o que vai acontecer no outono e no inverno?”
Suspenderemos os rastreios, os doentes crónicos continuarão com um seguimento abaixo do padrão habitual e os centros de saúde e os hospitais permanecerão abertos? Os soldados da linha da frente nesta guerra biológica vão ficar nas trincheiras, enquanto a população morre de doenças extra Covid-19, seja pela ausência de resposta ou pelo medo da procura?
Temos de aceitar que, pelo menos até haver vacina, vamos continuar a conviver com o vírus. Logo, o que faz sentido é ter serviços de saúde capazes de dar resposta aos doentes e de divergir de uma rota Covid-19 dependente, com profissionais agrilhoados pelos números diários que de nada servem porque em nada resultam. Substituindo a propaganda pela estratégia, é possível usar “os números da pandemia” na definição de níveis de risco inteligíveis para as diferentes áreas do país, com limitações proporcionais à realidade objetivada. De outro modo, arriscamo-nos (caso já não esteja a acontecer) a que as pessoa não morram com Covid-19, mas somente por causa da Covid-19 sem nunca terem tido Covid-19.
Ao contemplar diariamente as filas à porta dos serviços, o barulho incessante dos telefones, a azáfama de registos redundantes e de tarefas obtusas e a redução do horário de algumas unidades de saúde por falta de profissionais, é fácil perceber que algo vai mal.
João Júlio Cerqueira e Nuno Silva , OBSR
A questão de fundo mais relevante que podemos colocar, neste momento, é “o que vai acontecer no outono e no inverno?”
Suspenderemos os rastreios, os doentes crónicos continuarão com um seguimento abaixo do padrão habitual e os centros de saúde e os hospitais permanecerão abertos? Os soldados da linha da frente nesta guerra biológica vão ficar nas trincheiras, enquanto a população morre de doenças extra Covid-19, seja pela ausência de resposta ou pelo medo da procura?
Temos de aceitar que, pelo menos até haver vacina, vamos continuar a conviver com o vírus. Logo, o que faz sentido é ter serviços de saúde capazes de dar resposta aos doentes e de divergir de uma rota Covid-19 dependente, com profissionais agrilhoados pelos números diários que de nada servem porque em nada resultam. Substituindo a propaganda pela estratégia, é possível usar “os números da pandemia” na definição de níveis de risco inteligíveis para as diferentes áreas do país, com limitações proporcionais à realidade objetivada. De outro modo, arriscamo-nos (caso já não esteja a acontecer) a que as pessoa não morram com Covid-19, mas somente por causa da Covid-19 sem nunca terem tido Covid-19.
João Júlio Cerqueira e Nuno Silva (texto completo aqui)
Sonho, Vigília, Noite, Madrugada ?
Sonho, vigília, noite, madrugada?
Um a um, desfolhei os sete véus,
e adormecido o corpo, a alma acordada,
um a um, escalei os sete céus.
Sem limites de tempo nem espaço,
quanto tempo durou minha viagem?
Andei mundos sem dor e sem cansaço,
ficou, em meu lugar, a minha imagem.
Agora, de regresso, cumpro a pena.
Tudo esqueci dessa abismal distância
mas algo é diferente: volto à arena
com uma nova inocência, um gosto a infância.
Serena, com uma paz desconhecida,
aceito, sem revolta, a humana sorte:
viver, da Vida, esta pequena vida,
morrer, da Morte, esta pequena morte.
(Fernanda de Castro)
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