Pesquisar neste blogue

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Notícias Ao Fim Da Tarde

Alterações Fiscais Que São Efectivos Aumentos De Impostos (SNS)

O Governo tem como fito essencial fazer passar por símbolos de “justiça fiscal” ou “redistributiva” alterações fiscais que são efetivos aumentos de impostos.

António Pedro Braga, ECO

Em entrevista recente ao Público, veio o Dr. Francisco Ramos, secretário de Estado da Saúde, propor como medida para o financiamento do buraco orçamental do SNS um corte de 15% para 5% da dedução à coleta do IRS com despesas de saúde dos contribuintes portugueses.

Evitando o debate sobre o mérito de suprir esse défice com novos aumentos de receita fiscal, esta proposta recomenda, na prática, que quem hoje gasta do seu bolso com a sua saúde – não sobrecarregando, por isso, o SNS – suba mais alguns degraus na categoria de “flagelante” fiscal, passando a nem sequer poder ser dignamente compensado por não gastar recursos do Estado naquela que o próprio Estado entende ser a despesa mais digna de apoio público: a saúde. (continuar a ler

Reagir À Saudade E À Tristeza


A maneira de reagir à saudade e à tristeza é ter um coração bom e uma cabeça viva. A saudade e a tristeza não são doenças, ou lapsos, ou intervalos, como se diz nos países do Norte. São verdades, condições, coisas do dia a dia, parecidas com apertar os atacadores dos sapatos. É banalizando-as que as acompanhamos. Um sofrimento não anula outro. Mas acompanha-o. Para isto é preciso inteligência e bondade. Aquilo que resta são as pequenas alegrias. No contexto de tamanha tristeza e tanta verdade tornam-se grandes, por serem as únicas que há. Não falo nas alegrias que passam, como passam quase todas as paixões. Falo das alegrias que se tornam rotinas, com que se conta: comprar revistas, jantar ao balcão, dormir junto do mar, dizer disparates, beber de mais, rir. Coisas assim. São essas coisas — entre as quais o amor — que não se podem deitar fora sem, pelo menos, morrer primeiro. 

Miguel Esteves Cardoso