quinta-feira, 17 de abril de 2025

Debate Pedro Nuno Santos /Rui Tavares

Valeu zero. Onde estão ideias póprias para uma futura governação do país? Até agora só souberam papaguear versões requentadas e não comprovadas sobre LM ou pescar ideias do outro (LM) como tema de conversa. Ideias próprias onde estão? Até agora (meio do tempo previsto) não houve um verdadeiro debate.

Notícias Ao Fim Da Tarde

A Frase (99)

Não podemos aceitar que a porta de entrada legal continue emperrada em burocracias enquanto o portão traseiro da imigração ilegal permanece escancarado.  (Raquel Paradela Faustino, SOL)

O Governo deu esta semana mais um passo decisivo ao lançar a chamada ‘via verde’ para a imigração legal. É uma medida corajosa, moderna e necessária. Portugal precisa de mão-de-obra para sustentar setores essenciais da sua economia – da agricultura à construção civil, passando pela restauração. A criação de um canal rápido, seguro e transparente para empresas com capacidade de acolher trabalhadores estrangeiros representa uma aposta inteligente na competitividade e na organização dos fluxos migratórios.

Mas é também neste momento que devemos afirmar com clareza: a imigração não pode ser confundida com descontrolo, nem a solidariedade com permissividade. O acolhimento só é sustentável quando há regras, e as regras só têm valor se forem aplicadas. 

Durante demasiado tempo, os sucessivos governos socialistas preferiram ignorar o problema. Fecharam os olhos à sobrecarga dos serviços de estrangeiros, à existência de redes de tráfico humano, e à proliferação de situações de habitação indigna em bairros informais. Alimentou-se a ilusão de que ‘tudo se resolveria com o tempo’. Não se resolveu – agravou-se. (...)

Um país que não controla quem entra nem quem permanece é um país que abdica da sua soberania. 

Madrugada

 

Sucos do céu molham a madrugada da cidade violenta.
Ela respira por nós.

Somos os que acendemos o amor para que dure,
para que sobreviva a toda a solidão.

Queimamos o medo, olhamos frente a frente a dor
antes de merecer esta esperança.

Abrimos as janelas para lhes dar mil rostos.

(Juan Gelman)