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domingo, 29 de agosto de 2021
Notícias Ao Fim Da Tarde
As Alterações Climáticas Existem E Já Estão A Causar Mudanças Em Portugal.
As alterações climáticas estão a mudar a vida e os hábitos de plantas e animais em Portugal, surgem novas espécies de peixes nas águas nacionais, as aves mudam comportamentos e “há um movimento para norte”.
“Há um movimento para norte”, diz Rui Pimenta Santos, professor da Universidade do Algarve, especialista em ecologia marinha e em plantas marinhas, referindo-se a algas e a peixes.
“O aquecimento do oceano é uma evidência e as espécies reagem a isso. Na costa algarvia há agora peixes que só existiam na Madeira e Açores e as espécies de águas mais frias estão a ir para norte”, diz à Lusa, explicando que o mesmo se passa com as laminarias, grandes algas castanhas que apenas existiam no norte do país e que se estão a deslocar ainda mais para norte.
Em contrapartida há, garante, outras espécies de algas, provenientes de águas mais quentes, que têm vindo a entrar em Portugal. É certo, diz, que os limites térmicos das espécies são amplos, mas avisa que nas zonas de fronteira da temperatura “qualquer aquecimento faz a diferença”.
Mas não é apenas no mar que os cientistas encontram mudanças. André Carapeto coordenou a Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental, apresentada em 2020, e é especialista em plantas em vias de extinção, nas quais se nota “mais claramente os efeitos das alterações climáticas, principalmente naquelas com habitats muito específicos”.
É o caso das plantas que vivem acima dos 1500 metros de altitude. O aumento das temperaturas na Serra da Estrela, com menos neve, afecta 30 espécies de plantas que “não têm para onde ir” e que vêem os seus habitats ocupados por outras plantas que começam a “subir” a serra, como as giestas e os sargaços, diz à Lusa.
E à Lusa também Domingos Leitão, director-executivo da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), fala de 30 anos de mudanças no comportamento das aves, influenciados pelas alterações climáticas, mas também por outros factores de origem humana, como a agricultura intensiva, ou a captura acidental de aves marinhas em redes de pesca.
É muito notória a alteração de comportamentos” das aves migradoras
O aquecimento global é um dos factores, diz, que levou a que algumas aves migradoras se tenham tornado mais sedentárias, como a cegonha-branca, como a poupa, com grande parte da população a passar o inverno em Portugal. “Migravam porque não tinham condições para passar o inverno, mas agora têm”, diz, dando também o exemplo do britango, uma espécie de abutre.
Não é necessariamente mau, salienta o responsável, que questiona, no entanto, para onde irão as aves que precisam de zonas mais frias. Joaquim Teodósio, também da SPEA, que defende que devido às alterações climáticas Portugal devia já começar a alterar as actuais áreas protegidas, diz que o aquecimento poderá estar a mudar comportamentos de aves como os pilritos ou as limosas (aves aquáticas), e que é natural que surjam em Portugal espécies típicas do norte de África.
A SPEA diz que espécies que se reproduzem no norte da Europa, onde a primavera está a chegar mais cedo, antecipam o calendário migratório, como o papa-moscas, que abandona o inverno do sul mais cedo. Mas o aquecimento também antecipa a reprodução dos insectos de que se alimenta e quando chega às zonas de nidificação pode já não haver alimento para as crias. “Tal como o papa-moscas, várias outras aves migratórias vêem a sua reprodução comprometida por este desfasamento entre os ritmos de resposta de aves, insectos e plantas às alterações climáticas”, diz a SPEA. (continuar a ler aqui)
Momento ...
Há momentos, e você chega a esses momentos, em que de repente
o tempo pára e acontece a eternidade.
(Fiodor Dostoievski)
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