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domingo, 17 de julho de 2016

António Costa, O Seu Governo E Os Partidos Que O Apoiam Estão Envolvidos Num Processo Perigoso Que Vai Acabar Mal

Desencadearam uma guerra contra a União. Atiraram-se à Europa. Batem o pé, como gostam de dizer. Levantam a voz ou falam com voz grossa, como prometem em comícios vulgares. Não aceitam a chantagem europeia, declaram em tom marialva. Não estão cá para obedecer à Europa! Garantem que em Portugal são os portugueses que mandam e não aceitam lições de ninguém!
(...)
Portugal não tem riqueza, nem recursos, nem capacidade para, sozinho, contrariar as regras da economia europeia e mundial, obter os créditos de que necessita, conseguir os investimentos de que carece. Não se deve cantar mais alto do que a sua garganta. Nem dar passos maiores do que os seus pés. Muito menos cantar de galo, quando não se tem voz nem poleiro. António Costa e o governo estão a preparar-se para desencadear uma luta para a qual não têm meios nem força. E nem sequer razão.

É claro que a União Europeia está em apuros e não sabe qual é o seu destino. Há anos que se espera pela crise em que vivemos hoje. A União Europeia está à beira de morrer na praia, como diz o lugar-comum. Foi longe de mais e não foi suficientemente longe. Não é equitativa, distingue entre grandes e pequenos. Não é justa, só castiga os fracos. Não é igualitária, segue as directivas alemãs. Longe de mais para dar paz e democracia. De menos para a segurança e a disciplina. Mas nada justifica que o governo português invente uma guerra contra a União. Será sempre uma guerra contra si próprio.

Excertos do artigo de António Barreto 'Às armas !' hoje no DN

Cantador


Às vezes os olhos dizem 
Confessam 
As coisas mais tenebrosas 
Enquanto a boca disserta 
Frases de Amor 
Amenas palavras 
Períodos sem dor. 
Ao longe, a paisagem dorme 
Inerte e descolorida 
A mostrar que tempo passa 
Em plena tarde morena 
Enquanto a luz borda sombras 
Costura restos de vida 
Numa aguarela sem cor. 
Às vezes nada acontece 
E o nada tece 
Uma tela imaginária 
Pra preencher o vazio 
Do desacontecimento 
Da parmaceira do estio 
Que despovoa o calor. 
Ao longe um bem-te-vi 
Saúda o tempo real 
No verde deitado à grama 
Que trama gotas no frio